A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou nesta quinta-feira (7) a Operação Desfortuna, que se estende por Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. A ação é coordenada pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) e tem como objetivo desarticular um esquema de promoção ilegal de jogos de azar online, com indícios de lavagem de dinheiro e atuação de organização criminosa.
De acordo com as investigações, 15 influenciadores digitais são apontados como responsáveis por divulgar, em redes sociais, o jogo conhecido como “Jogo do Tigrinho” e outros semelhantes. As publicações, segundo a polícia, continham promessas enganosas de lucros fáceis para atrair seguidores a essas plataformas, que são proibidas no Brasil. Ao todo, estão sendo cumpridos 31 mandados de busca e apreensão.
As apurações, realizadas em conjunto com o Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e o Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD), identificaram sinais de enriquecimento incompatível com a renda declarada pelos investigados. Nas redes sociais, eles ostentavam viagens internacionais, veículos de luxo e imóveis de alto padrão. Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontaram movimentações bancárias suspeitas que, somadas, ultrapassam R$ 4 bilhões.
A Polícia Civil afirma que, além da promoção de jogos ilegais, os investigados fariam parte de uma organização criminosa estruturada, com funções específicas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada, utilizadas para ocultar a origem ilícita dos recursos. Também foram identificadas conexões de alguns suspeitos com indivíduos ligados ao crime organizado.
Segundo o portal G1, entre os influenciadores investigados estão Paulina de Ataíde, Paola de Ataíde, Lorrany Rafael, Bia Miranda, Buarque e Maumau. Na residência de Mauricio Martins Junior, conhecido como Maumau, foi apreendida uma arma de fogo, o que resultou em sua condução pela polícia.
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