Uma força-tarefa realizada em Minas Gerais entre os dias 21 de julho e 3 de agosto terminou com 25 pessoas detidas por envolvimento com o uso ou a comercialização de cerol e linha chilena. A ação, que ocorre anualmente durante o período de férias escolares, visa combater o uso de materiais cortantes em linhas de pipas, prática considerada perigosa e ilegal em todo o estado.
Durante as duas semanas de operação, as autoridades realizaram cerca de 1.800 ações de fiscalização, abordaram aproximadamente 2 mil pessoas e inspecionaram 760 locais. Ao todo, 142 materiais cortantes foram apreendidos, entre eles rolos de cerol e linha chilena, reforçando o alerta para os riscos à segurança de pedestres, motociclistas e demais cidadãos.
Em Minas, a legislação proíbe o uso, fabricação e venda de qualquer tipo de linha modificada com substâncias cortantes ou que tenham esse objetivo. O descumprimento pode gerar multa, apreensão do material e até mesmo prisão. Em espaços públicos, o ato pode ser enquadrado como crime previsto no artigo 132 do Código Penal, referente ao “Perigo para a Vida ou Saúde de Outrem”.
A major Layla Brunnela, chefe do Centro de Jornalismo da Polícia Militar de Minas Gerais, destacou que a corporação continuará intensificando a fiscalização: “Quem fabrica, vende ou utiliza esse material está cometendo um crime e será responsabilizado. A PMMG seguirá nas ruas para garantir a segurança de todos os mineiros e contamos com o apoio da população, que pode acionar a corporação imediatamente ao identificar o uso desse material”.
A campanha também tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre os perigos associados ao cerol, que já causou acidentes graves e fatais em diferentes regiões.
A força-tarefa segue como estratégia preventiva, com foco na redução de riscos durante um dos períodos mais críticos para esse tipo de ocorrência.
Mín. 15° Máx. 23°