O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), atribuiu os efeitos do novo tarifaço anunciado por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, à postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem acusa de manter uma retórica “antiocidente e antiamericana”. Em entrevista à Jovem Pan News, Zema afirmou que Trump estaria usando o poder econômico dos EUA como forma de pressionar o Brasil a se reposicionar no cenário internacional.
Para o governador, declarações de Lula e sua aproximação com regimes autoritários aumentaram a tensão diplomática entre os dois países. Zema também defendeu que o Brasil deixe o grupo dos Brics — formado por economias emergentes como China, Rússia e Irã — e volte sua atenção para blocos ocidentais, como a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, Zema descreveu os Brics como uma “ferramenta útil apenas a líderes autoritários que se opõem ao Ocidente”. Ele argumenta que o bloco não possui laços culturais, geográficos ou comerciais consistentes, e não oferece acordos de livre comércio nem fluxos privilegiados de investimentos.
Segundo ele, o alinhamento com os Brics teria sido um dos principais motivadores do tarifaço de Trump, que atinge produtos brasileiros exportados aos EUA. O governador defende que o Brasil busque maior integração com países desenvolvidos e democráticos, ressaltando que a nação tem potencial para liderar globalmente sem se associar a regimes autoritários.
A declaração ocorre no momento em que o Brasil preside o Brics e sediou, no início de julho, a cúpula do grupo no Rio de Janeiro.
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