O técnico da seleção brasileira de futebol, Carlo Ancelotti, foi condenado nesta quarta-feira (9/7) a um ano de prisão por um tribunal de Madri, na Espanha. A decisão diz respeito a um caso de fraude fiscal cometido em 2014, quando o treinador italiano comandava o Real Madrid pela primeira vez. A Justiça também determinou o pagamento de uma multa no valor de € 386.361 (cerca de R$ 2,3 milhões na cotação atual).
Apesar da condenação, Ancelotti não será preso, já que, segundo a legislação espanhola, penas inferiores a dois anos podem ser convertidas em medidas alternativas quando o réu é primário e não oferece risco à sociedade. O treinador havia sido acusado pelo Ministério Público espanhol de omitir receitas de direitos de imagem em sua declaração fiscal, o que resultou em um pedido inicial de pena de quatro anos e nove meses.
Na defesa apresentada, Ancelotti negou intenção de burlar o fisco e argumentou que houve pagamento parcial da dívida, além de ter solicitado a aplicação de atenuantes previstas na legislação, como a reparação de danos. No entanto, o tribunal entendeu que a regularização só ocorreu após a penhora de valores pelas autoridades fiscais, o que não elimina o crime.
A condenação ocorre enquanto Ancelotti se prepara para assumir de forma efetiva o comando da seleção brasileira nas próximas competições. Até o momento, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
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