O Governo de Minas Gerais anunciou nesta quarta-feira (12) um pacote de investimentos estimado em R$ 513 bilhões nas áreas de transporte e logística. As medidas fazem parte do Plano Estadual de Logística e Transportes (PELT-MG), que estabelece mais de 480 ações de curto prazo para rodovias, ferrovias, aeroportos, dutos e hidrovias. O objetivo é melhorar a infraestrutura do estado, reduzir gargalos logísticos e ampliar a integração entre os modais.
Coordenado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), o plano mapeia cerca de 4.582 obras. Entre os destaques estão mais de 400 ações rodoviárias, 17 intervenções em ferrovias, 13 projetos dutoviários, 12 iniciativas aeroportuárias e duas ações em hidrovias. Algumas dessas obras já estão em andamento, enquanto outras dependem de estudos adicionais ou de parcerias com o governo federal.
De acordo com o subsecretário de Transporte e Mobilidade, Aaron Duarte, o plano foi elaborado com base na identificação de gargalos no transporte de cargas e passageiros. Um dos pontos citados foi a Região Metropolitana de Belo Horizonte, que apresenta custos e tempos de transporte acima da média estadual. Entre os projetos mencionados para a região está o Rodoanel e a proposta de um ferroanel para separar o transporte de carga do fluxo urbano.
O governador Romeu Zema afirmou que o plano busca dar mais eficiência à gestão pública, promovendo parcerias com o setor privado e evitando desperdícios. Segundo o governo, os investimentos visam também melhorar a segurança viária e atrair novos empreendimentos para o estado.
A Codemge destacou que concessões estão sendo estudadas nas regiões da Zona da Mata e do Noroeste de Minas, além de projetos ferroviários e hidroviários com foco em ampliar a capacidade de transporte de carga e reduzir o impacto sobre as rodovias. Também está em análise a criação de linhas de trem regionais, como a que ligaria Divinópolis a Belo Horizonte, além de outras iniciativas voltadas ao Triângulo Mineiro.
O governo informou ainda que o PELT-MG está utilizando o modelo britânico “Five Case Model” (5CM), uma metodologia de avaliação de investimentos adotada por países desenvolvidos. Segundo a Seinfra, essa abordagem visa garantir maior rigor técnico e transparência no planejamento, auxiliando na definição de prioridades e no uso eficiente dos recursos públicos.
O plano tem previsão de execução nos próximos dois anos e é apresentado como parte da estratégia de desenvolvimento da infraestrutura de transporte do estado, com foco em ampliar a conectividade entre regiões e promover ganhos logísticos para a população e para o setor produtivo.
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