Três pessoas foram presas na segunda fase de uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), que investiga o furto de equipamentos eletrônicos de uma empresa de tecnologia, ocorrido em janeiro deste ano em Belo Horizonte. Os suspeitos são apontados como financiadores e organizadores da logística dos crimes, com o objetivo de abastecer empresas em shoppings populares que comercializam produtos de origem ilícita. A ação policial foi coordenada pelo Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Itaquaquecetuba e Santos, em São Paulo, e em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
De acordo com o delegado Gustavo Barletta, os investigados tinham participação direta na definição dos alvos e na estruturação do esquema de transporte da mercadoria roubada, que chegava aos receptadores com documentos fiscais falsos. Esses produtos eram então vendidos em lojas físicas e plataformas on-line, enganando os consumidores quanto à legalidade da procedência.
Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam seis veículos novos, alguns de luxo, além de uma bicicleta de alto valor. Em um dos endereços em Balneário Camboriú, os agentes encontraram um cassino clandestino em funcionamento, com máquinas de jogos eletrônicos e apostas ilegais. No mesmo local, por coincidência, uma equipe da Polícia Federal também realizava buscas relacionadas a outro investigado.
Em Itaquaquecetuba, os mandados foram cumpridos em uma transportadora, onde foram localizados os veículos de luxo e uma frota de caminhões, cuja origem ainda será apurada. Já em Santos, além de veículos e a bicicleta de fibra de carbono, foram encontrados cadernos com anotações detalhadas sobre vendas de mercadorias, o que reforça a suspeita de que o preso na cidade atuava no envio dos produtos furtados ao Rio de Janeiro para revenda.
A investigação aponta que essa organização criminosa atua em diversos estados e é especializada no furto de grandes cargas eletrônicas. A primeira etapa da operação ocorreu em fevereiro, no Rio de Janeiro, com foco nos shoppings populares que estariam recebendo os produtos roubados.
As apurações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos, inclusive os responsáveis pela emissão de notas fiscais e documentos falsos utilizados para dar aparência legal aos produtos comercializados ilegalmente.
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