O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) usou a tribuna do Senado nesta terça-feira (20) para pedir desculpas por sua conduta durante a sessão da CPI das Apostas Esportivas, na qual solicitou à influenciadora Virgínia Fonseca um vídeo destinado à sua filha e esposa. O pedido, feito durante o depoimento da empresária digital no último dia 13, gerou repercussão negativa e foi classificado pelo próprio parlamentar como inadequado.
No pronunciamento, Cleitinho explicou que agiu por impulso ao atender a um pedido da filha e reconheceu o equívoco. “Tudo que minha filha pede, eu tento fazer na hora. Agi na emoção, não usei a razão. Como homem público, venho humildemente dizer que errei e pedir desculpas. Mas considero que é um erro perdoável, pois não estou envolvido em corrupção”, afirmou. Ele ainda destacou que a dedicação à vida política o tornou um pai ausente e, por isso, procura atender os desejos da filha sempre que possível.
Apesar da retratação, o senador manteve sua postura crítica em relação às apostas esportivas e voltou a classificar a prática como prejudicial. Em tom indignado, afirmou que o Senado contribuiu para a legalização “dessa porcaria”, reforçando sua posição contrária ao setor.
Durante a sessão, Cleitinho recebeu apoio de colegas de bancada. O senador Magno Malta (PL-ES) o chamou de “guerreiro” e “vigilante da coisa pública”, enquanto Jorge Seif (PL-SC) minimizou o episódio, dizendo que faria o mesmo por um filho e desejando que o “maior pecado” do colega fosse apenas pedir um vídeo para uma influenciadora.
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