O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a provocar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (15), comparando o governo federal a um “bebê reborn”. Pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2026, Zema aparece em uma peça criada por inteligência artificial segurando uma boneca e anunciando a venda do “bebê reborn governo Lula”. “Custa caro, apertou faz caquinha, mas finge ser fofo”, ironizou o governador.
Na descrição da imagem, ele reforçou críticas já feitas ao petista, acusando Lula de “viver no passado” e de “pesar no bolso” dos brasileiros. A publicação faz parte de uma estratégia mais agressiva adotada por Zema nos últimos meses, com o objetivo de se consolidar como um dos principais nomes da direita na corrida presidencial.
Além dele, outros governadores conservadores também são apontados como pré-candidatos em 2026, entre eles Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo.
As provocações de Zema ao governo federal não têm se restringido às redes sociais. Na quarta-feira (14), após um grave acidente na BR-251, em Grão Mogol, que deixou nove mortos, o governador voltou a criticar a gestão federal. “A rodovia foi incluída no PAC, mas segue travada pela burocracia do governo federal”, afirmou.
O tom adotado por Zema também motivou ações judiciais. Após o governador sugerir que o PT seria responsável por fraudes no INSS, o partido entrou com um pedido de indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil. A liminar, no entanto, foi negada pela 13ª Vara Cível de Brasília. Nas redes, o governador comemorou a decisão. “A companheirada, depois de meter a mão em bilhões dos aposentados, tenta me calar com liminar para censurar meu post. Perderam de novo”, publicou.
Zema também chegou a ironizar a permanência de Carlos Lupi (PDT) à frente do Ministério da Previdência, antes de sua demissão por Lula. “Lupi continua ministro da Previdência. Como é que o Lula não demite um ministro que deixa roubar os aposentados?”, criticou.
Com linguagem direta e provocações constantes, Zema busca ocupar espaço entre os eleitores insatisfeitos com o governo federal, antecipando o tom polarizado que deve marcar a disputa presidencial de 2026.
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