Uma mulher de 29 anos foi presa no último sábado (10) suspeita de participar da chamada “gangue da marcha a ré”, quadrilha que invade comércios em Belo Horizonte usando veículos para arrombar as portas das lojas. A prisão foi realizada no aglomerado Ventosa, na região Oeste da capital, durante uma operação da Polícia Militar que resultou na apreensão de cerca de 300 produtos, a maioria cosméticos e itens de perfumaria, muitos ainda com sensores de segurança característicos da rede Drogaria Araujo.
Segundo a PM, a mulher seria responsável por receptar e revender os produtos roubados em parceria com um homem ainda não localizado. Embora tenha negado envolvimento direto com a quadrilha, ela admitiu a revenda do material furtado. Informações repassadas por moradores da região, que pediram anonimato, ajudaram os militares da 7ª Companhia do Grupo Tático do 5º Batalhão a localizá-la. Outras cinco pessoas já foram identificadas como integrantes da quadrilha e estão sendo procuradas, incluindo menores de idade. Todos os suspeitos têm passagens anteriores por crimes como furto e tráfico de drogas, segundo a polícia.
O tenente Gonçalves, responsável pela operação, informou que imagens e relatos indicam a atuação de dois motociclistas e três carros roubados nos crimes. Os veículos são usados para quebrar as portas dos estabelecimentos durante a madrugada, permitindo que os criminosos entrem rapidamente e façam o saque dos produtos. A prática, que dá nome à quadrilha, consiste no uso da marcha a ré para provocar os arrombamentos.
Nos últimos dias, pelo menos três ataques com esse modus operandi foram registrados em diferentes pontos da cidade. Em um dos casos mais recentes, o grupo invadiu uma loja de roupas na avenida Úrsula Paulino, no bairro Estrela do Oriente, também na região Oeste, provocando prejuízo estimado em R$ 70 mil. Câmeras de segurança flagraram o momento em que um carro atinge violentamente a fachada do comércio antes que os criminosos entrem para saquear o local.
A Polícia Militar já planeja novas ações para localizar e prender os demais integrantes da quadrilha. A operação também tem como foco a interrupção das redes de revenda dos produtos roubados, que alimentam o mercado ilegal e financiam a continuidade dos crimes. Enquanto isso, comerciantes da capital seguem em alerta, temendo novos ataques desse tipo que, além dos prejuízos financeiros, comprometem a segurança e o funcionamento dos estabelecimentos.
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