
Quase 79 mil litros de licor foram apreendidos em um depósito no bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, durante nova etapa da Operação Baco, deflagrada nessa quinta-feira (11). A ofensiva reforça a fiscalização sobre a cadeia produtiva de bebidas alcoólicas em Minas Gerais e investiga possíveis fraudes envolvendo adulteração e irregularidades fiscais.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que equipes de inteligência identificaram indícios de inconsistência na rotulagem de garrafas encontradas no depósito. O material apreendido totalizou 78.918,9 litros e amostras seguiram para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, que deve verificar se há substâncias adulteradas na composição da bebida. A situação tributária da empresa responsável também será avaliada, uma vez que o volume encontrado levantou suspeitas de sonegação.
A operação em Nova Lima integra um conjunto de cinco ações realizadas na Grande Belo Horizonte ao longo da semana. Três delas ocorreram na capital e outra em Contagem, todas com foco no combate ao contrabando, falsificação e adulteração de bebidas. Segundo o superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Bernardo Naves, o reforço na fiscalização é essencial para proteger o consumidor neste período de maior circulação de produtos. “Essas fiscalizações são fundamentais para garantir que a população mineira não seja exposta a riscos ao comprar bebidas alcoólicas nas festividades”, afirmou.
Em Contagem, equipes vistoriaram um ponto de envase e depósito de bebidas que funcionava sem alvará, conforme constatado pela prefeitura. No local, fiscais verificaram ainda indícios de movimentações inconsistentes de notas fiscais e ausência de produtos listados nos documentos — prática frequentemente associada a esquemas de sonegação e adulteração. A partir dessas irregularidades, o estabelecimento será alvo de apurações administrativas e criminais.
A delegada Elyenni Célida da Silva, da Delegacia de Defesa do Consumidor, ressaltou que a venda de bebidas impróprias coloca em risco a saúde pública e configura crime. Ela destacou também que falsificação de rótulos — caso confirmada — se enquadra em delitos contra a marca, passíveis de investigação e punição.
A Operação Baco mobiliza uma ampla força-tarefa composta por Sejusp, Polícia Civil, Secretaria de Estado da Fazenda, Secretaria de Saúde (Vigilância Sanitária), Ministério Público de Minas Gerais, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Ministério da Agricultura e Pecuária, Instituto Mineiro de Agropecuária e Prefeitura de Contagem. A fiscalização permanece em andamento, com novas ações previstas conforme a evolução das investigações.
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