O feriado prolongado do Dia do Trabalhador teve um saldo trágico nas rodovias federais brasileiras, com 98 mortes registradas em acidentes de trânsito. Os dados constam no balanço preliminar divulgado nesta segunda-feira (5) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que apontou ainda 945 pessoas feridas entre os dias 30 de abril e 4 de maio, período da Operação Dia do Trabalho.
No total, foram registrados 892 sinistros nas estradas fiscalizadas, evidenciando a persistência de comportamentos de risco entre os motoristas, como o consumo de álcool e o desrespeito aos limites de velocidade. Durante a operação, a PRF fiscalizou mais de 81 mil pessoas e 70 mil veículos, emitindo 37.865 autos de infração. Um dos focos principais foi o combate à alcoolemia ao volante: 602 condutores foram autuados por dirigirem sob influência de álcool, sendo que 507 se recusaram a realizar o teste do bafômetro e outros 95 foram flagrados após o resultado do exame.
Segundo a corporação, 54 motoristas foram detidos por apresentarem sinais evidentes de embriaguez ou por registrarem altos índices no etilômetro, sendo encaminhados às delegacias de polícia. A fiscalização eletrônica também revelou dados preocupantes: 20.557 imagens de veículos foram capturadas em excesso de velocidade pelas câmeras das rodovias federais.
Além da repressão às infrações, a PRF também promoveu ações educativas com os condutores, visando reforçar a importância da prudência e do respeito às regras de trânsito. As campanhas foram realizadas nos pontos de maior fluxo, numa tentativa de sensibilizar os motoristas sobre os riscos do comportamento imprudente ao volante.
A PRF alerta que os números ainda são preliminares e devem ser atualizados à medida que novas informações forem consolidadas nos sistemas. Mesmo assim, o balanço já revela um cenário preocupante, com centenas de vidas perdidas ou impactadas em apenas cinco dias. O órgão reforça que a intensificação da fiscalização nos feriados é uma das formas de tentar reduzir os impactos da violência no trânsito, que continua sendo uma das principais causas de morte no país.
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