A Justiça de Minas Gerais suspendeu, nesta sexta-feira (11), a liminar que determinava a reabertura do Hospital Maria Amélia Lins, no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte. A decisão derruba a obrigatoriedade imposta ao governo estadual e à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) de retomarem os atendimentos na unidade, que está fechada desde janeiro em meio ao processo de terceirização.
De acordo com o novo entendimento do magistrado responsável pelo caso, a reativação imediata do hospital poderia comprometer a gestão da Fhemig, além de não levar em conta aspectos estruturais e orçamentários essenciais para a retomada das atividades. A medida causou revolta entre profissionais da saúde e entidades sindicais.
O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) reagiu com veemência à decisão judicial, classificando-a como um grave retrocesso e acusando o Judiciário de ignorar o impacto direto na vida de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). “Vamos continuar com o Hospital João XXIII lotado e o risco de sequelas irreversíveis aos usuários do SUS?”, questiona a entidade em nota divulgada após a revogação da liminar.
Diante da situação, o Sind-Saúde convocou um protesto em frente ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para a próxima terça-feira (15), às 9h, em defesa da reabertura do Maria Amélia Lins. “Confiamos na Justiça mineira, e por isso mesmo precisamos mostrar que tal decisão representa um grande risco para nossos pacientes”, afirma o sindicato.
Antes do fechamento, o Hospital Maria Amélia Lins era referência no atendimento ortopédico, chegando a receber mais de 100 pacientes por dia. Desde sua desativação, denúncias de superlotação e sobrecarga no Hospital João XXIII têm se multiplicado, levantando questionamentos sobre os rumos da política de saúde pública em Minas Gerais.
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