A crise no Cruzeiro ganhou novos contornos nesta quinta-feira (10), quando membros da principal torcida organizada do clube, a Máfia Azul, realizaram um protesto na entrada da Toca da Raposa 2, em Belo Horizonte. A manifestação ocorreu um dia após a derrota por 2 a 1 para o Mushuc Runa, do Equador, no Mineirão, pela Copa Sul-Americana — resultado que colocou a equipe celeste na última posição do grupo na competição.
O principal alvo da insatisfação foi o CEO do futebol cruzeirense, Alexandre Mattos. Os torcedores levaram faixas que pediam sua demissão e o chamavam de "mercenário". A pressão também se estendeu aos jogadores, com mensagens cobrando entrega e comprometimento em campo, como uma faixa que dizia: “Salário em dia, porrada em falta. Elenco de finados”.
O protesto, acompanhado por seguranças do clube e pela Polícia Militar, começou de forma pacífica por volta das 14h. Naquele momento, a maioria dos jogadores já estava nas dependências do centro de treinamento, onde o treino estava marcado para as 16h. Um grupo de torcedores ainda tentou abordar quem entrasse por um portão secundário na rua Carlos Lacerda, mas não houve movimentação no local. O único atleta abordado foi o atacante Marquinhos, que, visivelmente desconfortável, preferiu não interagir com os manifestantes.
A revolta da torcida é reflexo do desempenho decepcionante do time em 2025. O Cruzeiro foi eliminado nas semifinais do Campeonato Mineiro após empates com o América e derrota nos pênaltis. Na Sul-Americana, são duas derrotas em dois jogos. E no Campeonato Brasileiro, a equipe vem de uma derrota por 3 a 0 para o Internacional. A sequência de maus resultados acendeu o sinal de alerta na Toca e fez aumentar a pressão sobre a diretoria, comissão técnica e elenco.
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