Câmara de BH debate pedágio de R$ 18,36 entre a capital e Confins em audiência pública

A proposta do Governo de Minas de instalar um pedágio no trecho entre Belo Horizonte e o Aeroporto Internacional de Confins, com tarifa estimada em R$ 18,36 (ida e volta), gerou polêmica e será debatida em audiência pública na próxima quinta-feira (20). O encontro, promovido pela Comissão de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços, acontecerá às 13h30 no Plenário Helvécio Arantes e poderá ser acompanhado presencialmente ou pelo canal da Câmara Municipal de Belo Horizonte no YouTube.

O projeto faz parte do Programa de Concessão do Sistema Rodoviário do Estado de Minas Gerais e prevê a instalação de seis pórticos de cobrança no trecho, como parte do chamado Lote Rodoviário Vetor Norte. No total, serão concedidos 123,4 km de rodovias que passam por 13 municípios: Belo Horizonte, Lagoa Santa, Prudente de Morais, Capim Branco, Matozinhos, Pedro Leopoldo, Confins, São José da Lapa, Santana do Riacho, Jaboticatubas, Vespasiano, Santa Luzia e Sete Lagoas.

Para o vereador Wanderley Porto (PRD), autor do requerimento que propôs a audiência, a cobrança do pedágio pode impactar diretamente a economia e a mobilidade dos moradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte. “A implementação de pedágios nesses trechos poderá gerar impactos significativos no comércio, no emprego, no acesso à educação e à saúde, além do aumento dos custos para os moradores da capital”, afirmou.

A audiência reunirá representantes do governo estadual, do setor de infraestrutura e mobilidade, de sindicatos e entidades ligadas aos transportes, além de parlamentares estaduais e federais. Foram convidados o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno Barros de Souza; o superintendente de Mobilidade de Belo Horizonte, Rafael Murta Resende; o presidente da BHTrans, Deusuíte Matos Pereira de Assis; o CEO da operação BH Airport, Daniel Miranda, entre outros líderes municipais e estaduais.

A intenção da reunião é discutir possíveis alternativas para minimizar os impactos da medida e avaliar a previsão da concessão. O governo estadual ainda não detalhou se há possibilidade de revisão dos valores ou do modelo de cobrança previsto no edital.