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O Brasil já contabiliza 130.507 casos de Covid-19 desde o início de 2025, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre 1º de janeiro e 22 de fevereiro, 664 mortes foram registradas no país. Apenas na Semana Epidemiológica 08/2025, entre os dias 16 e 22 de fevereiro, foram confirmados 22.097 novos casos e 153 óbitos. A alta nos registros preocupa, especialmente pelo crescimento expressivo em estados como São Paulo, Tocantins e Mato Grosso, que lideraram em novos diagnósticos.
São Paulo foi o estado com maior número de infectados na última semana comprovado, com 8.874 novos casos. Tocantins e Mato Grosso também apresentaram índices elevados, registrando, respectivamente, 4.255 e 1.762 diagnósticos. Esses três estados foram os únicos a ultrapassar a marca de mil casos no período. Em comparação com a Semana Epidemiológica 07/2025, de 9 a 15 de fevereiro, houve um aumento de 61,1% nos casos positivos e um aumento de 86,6% no número de mortes.
O Boletim InfoGripe da Fiocruz, referente à Semana Epidemiológica 09/2025 (de 23 de fevereiro a 1º de março), revelou que 81,4% dos óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram causados pela Covid-19. No total de casos positivos de SRAG, 39,9% tiveram relação com a doença. Nove estados indicaram índices de incidência da síndrome classificados como alerta, risco ou alto risco: Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Entre esses estados, sete mostraram tendência de crescimento do SRAG no longo prazo: Distrito Federal, Goiás, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Em algumas regiões do Norte e Centro-Oeste, o avanço da síndrome está associado a um aumento expressivo de casos entre crianças e adolescentes de até 14 anos. No Distrito Federal e em Goiás, por exemplo, o aumento entre crianças de até quatro anos tem relação com o vírus sincicial (VSR). Já em Sergipe, Goiás e no Distrito Federal, a infecção por rinovírus é predominantemente entre crianças de 5 a 14 anos.
Apesar do crescimento da SRAG em diversos estados, a Fiocruz aponta que, entre idosos, a Covid-19 continua sendo o principal responsável por internações e mortes ligadas à síndrome. Entretanto, os níveis variam baixos ou moderados, sem sinais de aumento expressivo na maioria do país.
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