O governo de Minas Gerais já desembolsou mais de R$ 1 bilhão neste início de 2025 para quitar dívidas com a União, conforme dados divulgados pela administração estadual. Nesta quarta-feira (5), o Estado pagou a sexta parcela do contrato de refinanciamento da dívida com o governo federal, no valor de R$ 316 milhões, além de outros R$ 156 milhões referentes a operações de crédito. Esse pagamento integra o montante de R$ 1,17 bilhão que o Estado teve de pagar até agora neste ano.
Os valores fazem parte do acordo previsto por meio do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), com o qual Minas Gerais tenta aliviar o impacto de sua alta dívida pública, que chega a cerca de R$ 165 bilhões. Em 2025, já foram pagos R$ 1,17 bilhão, sendo R$ 392,98 milhões em fevereiro, R$ 303,7 milhões em janeiro e parcelas anteriores que totalizaram valores semelhantes no final de 2024.
O governo estadual também busca regularizar dívidas em atraso. Em outubro de 2024, a administração estadual retomou o pagamento dessas dívidas, que foram suspensas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no governo passado.
Para reduzir a carga da dívida, o governo Zema tem a expectativa de aderir ao Propag (Programa de Refinanciamento de Dívidas com a União), que oferece condições mais vantajosas, como juros menores e possibilidade de abatimento das dívidas. No entanto, a oposição critica o governador Romeu Zema, afirmando que, desde o início do seu mandato, a dívida de Minas com a União cresceu cerca de 45%, passando de R$ 114 bilhões para R$ 165 bilhões. A acusação é de que Zema não teria desistido da dívida suspensa judicialmente e comprometido a sustentabilidade das finanças do Estado para os próximos governos.
Em resposta, o governador Zema defende sua gestão, afirmando que, desde sua posse, tem cumprido os pagamentos da dívida, somando cerca de R$ 9 bilhões pagos à União desde 2019.
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