A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (26) a operação Irmãos, considerada a maior ação já realizada em Minas Gerais contra o tráfico de pessoas para os Estados Unidos. O esquema, comandado por uma família em Governador Valadares, operava a partir do envio ilegal de migrantes por meio da fronteira com o México.
A organização criminosa atuava em diversas frentes, desde a coleta de informações específicas até a falsificação de documentos e o gerenciamento de contas bancárias para receber os pagamentos das vítimas. Durante a operação, foram cumpridos 14 mandatos de busca e apreensão, sendo 11 em Governador Valadares, dois no Espírito Santo e um no Distrito Federal, além de 11 medidas cautelares, incluindo o sequestro de bens avaliados em até R$ 43 milhões e o bloqueio de contas bancárias.
Segundo as investigações, o grupo foi responsável por enviar ilegalmente pelo menos 669 pessoas para os EUA, mas esse número pode ser ainda maior, já que uma análise do material apreendido pode revelar mais de 1.500 vítimas. Durante a operação, dois integrantes foram presos em flagrante, um por posse irregular de munição e outro por resistência à prisão. Documentos, dinheiro, joias e veículos também foram apreendidos.
Os suspeitos responderão por crimes como organização criminosa, promoção de migração ilegal e falsificação de documentos, podendo pegar até 33 anos de prisão.
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