A um ano e oito meses das eleições de 2026, o cenário político em Minas Gerais já está marcado por intensas articulações. Embora a disputa pareça distante para o eleitorado, as movimentações nos bastidores, especialmente após a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), demonstram que a corrida ao Palácio da Liberdade está em plena atividade. Lula, recentemente, declarou que gostaria de ver o senador Rodrigo Pacheco (PSD) como candidato ao governo de Minas, o que aumentou a especulação sobre as possíveis candidaturas.
Atualmente, pelo menos seis nomes estão sendo ventilados como possíveis candidatos, com destaque para o vice-governador Mateus Simões (Novo), que, com a carga executiva em mãos, já está posicionado de forma mais assertiva como pré-candidato. Simões tem ganhado destaque ao liderar pautas importantes no governo Zema, como as privatizações da Cemig e Copasa, e em entrevista afirmou estar pronto para representar a centro-direita em 2026, ironizando o apoio de Lula a Pacheco.
O nome de Pacheco também tem circulado como uma possibilidade, embora o senador tenha demonstrado cautela e não tenha se comprometido em anunciar sua candidatura tão cedo.
Outro nome que surge entre os aliados de Lula é o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). Embora o ministro declare apoio à candidatura de Pacheco, seu nome também é apontado como uma alternativa caso Pacheco não entre na disputa.
O PT, por sua vez, enfrentou dificuldades para encontrar um nome forte para o governo de Minas. A prefeita de Contagem, Marília Campos, é mencionada como uma opção viável, mas ela mesma já rejeitou publicamente a ideia de se candidatar. Enquanto isso, à direita do espectro político, além de Simões, outros nomes como o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) e o deputado Nikolas Ferreira (PL) também estão sendo cogitados.
Cleitinho, ex-prefeito de Divinópolis e agora senador, não esconde seu desejo de disputar o governo, enquanto Nikolas Ferreira, do PL, já declarou interesse tanto pelo governo quanto pelo Senado, dependendo de como se desenharem as reformas políticas. As movimentações internas nos partidos, no entanto, ainda devem influenciar essa disputa, como o caso do PL, que tenta consolidar uma aliança entre seus nomes mais fortes.
Por fim, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que já tentou o cargo de governador em 2022, também tem se aproximado dos Republicanos com a intenção de disputar novamente a vaga em 2026, o que pode gerar um debate interno no partido. A disputa pela candidatura ao governo de Minas está longe de ser definida, e as políticas articulares devem se intensificar nos próximos meses.
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