A concessão de trechos da Linha Verde (MG-10), MG-424 e LMG-800 à iniciativa privada avança com a publicação do edital de concessão das rodovias do Vetor Norte neste sábado (15). O projeto, defendido pelo Governo de Minas, prevê um investimento de R$ 5 bilhões ao longo do contrato para ampliar a capacidade viária, construir viadutos, passarelas e melhorar a infraestrutura das rodovias, garantindo mais segurança e fluidez no trânsito. No entanto, a instalação de pedágios ao longo do percurso tem gerado críticas e protestos da população e dos gestores municipais.
Entre as principais melhorias previstas estão a duplicação de trechos, a construção de três contornos viários em Lagoa Santa, Prudente de Morais e Matozinhos e a implantação de acostamento em toda a extensão das rodovias. Além disso, serão construídos 31 novos viadutos e pontes, 23 passarelas e 26 pontos de ônibus, além da ampliação de 44 quilômetros de pistas. Segundo o governo, o projeto deve gerar cerca de 24 mil empregos diretos e indiretos.
A polêmica maior gira em torno da cobrança de pedágios, prevista no edital. O projeto inicial prevê a instalação de 13 pontos de pedágio ao longo das rodovias, abrangendo 12 cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O modelo adotado será o de fluxo livre, que permite a cobrança automática sem necessidade de parar. Segundo o governo, a cobrança só será entregue após a conclusão das obras previstas para o primeiro ano de contrato.
O governador Romeu Zema (Novo) já declarou ser favorável à medida e argumenta que a concessão traz benefícios para os motoristas. “Sempre tenho dito: é melhor ter estrada pedagiada do que nenhuma estrada. Tenho repetido isso à exaustão. Mas, tudo que nós temos feito tem consulta pública. Tudo vai ser feito com critério. O que nós queremos é melhorar o trânsito, a segurança e o conforto de quem transita”, afirmou Zema em coletiva realizada na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), no fim do ano passado.
Mín. 18° Máx. 29°