O PL decidiu deixar a base do governo Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e, a partir de hoje (5 de fevereiro), formará sua própria bancada. O movimento, liderado pelo deputado estadual Bruno Engler (PL), resultou na criação de um grupo com 11 parlamentares, o segundo maior da Casa, ao lado do PT. Engler será o líder da nova bancada, que conta com o apoio de nove deputados, enquanto dois membros, Antonio Carlos Arantes e Lincoln Drumond, não participaram da mudança.
A saída do PL do bloco “Avança Minas” foi motivada por uma tentativa, segundo liberal, de interferência do governo Zema na organização interna do partido na ALMG. O apoio de Arantes à indicação de seu nome para a liderança do bloco, articulado pelo Palácio Tiradentes, gerou desconforto entre os deputados, que passaram a buscar mais autonomia política.
Apesar de conversas com outros partidos, como o Republicanos e o Solidariedade, não foram avançados, a criação da bancada do PL, com o mínimo de cinco deputados, garante ao partido maior liberdade e influência. Mesmo com a independência, os deputados do PL negam que o movimento signifique uma oposição ao governo Zema. A formalização do grupo dará ao partido assento no Colégio de Líderes, uma instância crucial para os acordos na ALMG, além de permitir que Engler coordene diretamente os votos de seus correligionários.
O movimento de Engler já havia sido notado durante a eleição para a Mesa Diretora, em dezembro do ano passado, quando o deputado articulou a mudança na 1ª Secretaria da ALMG. A entrega, que levou à substituição de Arantes, também contribuiu para o fortalecimento da liderança de Engler dentro do PL e sua ascensão no cenário político da Assembleia.
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