O Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública nesta quarta-feira, 1 de maio, pelos "eventos climáticos de chuvas intensas". A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado.
O decreto destaca que o Rio Grande do Sul é atingido por chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais de grande intensidade, sendo classificados como desastres de Nível III - caracterizados por danos e prejuízos elevados.
Com a entrada em vigor, fica decretado que órgãos e entidades da administração pública estadual prestarão apoio à população nas áreas afetadas. Acrescenta que poderá ser encaminhada solicitação semelhante por municípios, que serão avaliadas e homologadas pelo Estado.
O Decreto deve vigorará por 180 dias segundo o governo do Rio Grande do Sul.
O governador do Rio Grande do Sul disse nesta quarta que o temporal que atinge a região desde segunda-feira, 29 de abril,"será o maior desastre do estado". Eduardo Leite (PSDB) comparou a situação com as tragédias de 2023, que mataram dezenas de pessoas, e admitiu a dificuldade de resgatar todas as pessoas afetadas.
A manifestação foi feita durante entrevista coletiva na sede da Defesa Civil, em Porto Alegre. Os temporais já deixaram 11 mortos, 21 desaparecidos e 11 feridos, segundo a Defesa Civil. O último boletim informou haver 4,4 mil desalojados e desabrigados no estado.
O governador pediu que as pessoas que vivem nas cidades afetadas saiam de casa, porque as forças de segurança não conseguem chegar a todos os locais para resgate.
O governo anunciou ainda a suspensão das aulas na rede pública estadual. A medida vale na quinta, 2 de maio e na sexta-feira, 3 d maio, em escolas de todo o Rio Grande do Sul.
Ao todo, foram registrados problemas em 107 municípios, afetando 19.110 pessoas. A previsão do tempo alerta para risco de chuva por, pelo menos, mais 36 horas no RS.
Na terça, 30 de abril, o governador chegou a pedir "urgência" da ajuda federal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Força Aérea enviou helicópteros, mas o resgate foi difícil em razão das condições climáticas. Lula afirmou que visitará o Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, 2 de maio.
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