O primeiro caso de febre amarela em Minas Gerais neste ano foi confirmado em um idoso de 65 anos, morador de Camanducaia, no Sul do Estado. Ele está internado em São Paulo, onde realiza tratamento contra um câncer. Apesar da gravidade da doença, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou que o paciente “não corre risco de morrer”.
O homem é proprietário de um sítio localizado próximo a uma área de epizootia recente – morte de primatas causada pelo vírus da febre amarela – em Itapeva, cidade vizinha. O caso está sendo monitorado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-MG).
A febre amarela, uma doença transmitida por mosquitos em áreas de mata, já havia causado episódios preocupantes na região Sul de Minas nos últimos anos. Em 2023, Monte Santo de Minas registrou um óbito em um paciente não vacinado. No ano seguinte, epizootias foram identificadas em Ipuiúna, evidenciando a circulação do vírus.
A vacinação segue como a principal forma de prevenção. No entanto, a cobertura vacinal em Minas Gerais está abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, de 95%. Dados da SES indicam que a cobertura entre menores de 1 ano é de 86,27%, e as demais faixas etárias não tiveram índices divulgados.
A vacina contra a febre amarela está disponível em todas as unidades básicas de saúde do Estado. O esquema vacinal varia conforme a idade: as crianças devem receber duas doses, aos 9 meses e aos 4 anos, enquanto pessoas entre 5 e 59 anos não vacinadas precisam de uma dose única. Para maiores de 60 anos, a aplicação depende de avaliação médica.
A SES também reforça a importância de se vacinar com pelo menos 15 dias de antecedência para quem planeja viagens para áreas de risco ou ao exterior, onde a doença ainda é endêmica.
Fonte: Hoje em Dia
Foto: Rodrigo Nunes/Fotos Públicas
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