Servidores de MG criticam retorno do trabalho presencial à Cidade Administrativa por falhas estruturais

O retorno presencial dos servidores estaduais à Cidade Administrativa, ao menos três dias por semana, tem gerado inquietação. Determinada por uma resolução conjunta das secretarias de Estado de Planejamento e de Governo, a medida, em vigor desde janeiro, enfrenta críticas devido a falhas estruturais nos prédios inaugurados em 2010 para abrigar o Executivo Estadual.

Entre as reclamações mais recorrentes estão banheiros com descargas inoperantes, bebedouros sem água e vazamentos que causam goteiras em diversos pontos do prédio. Além disso, episódios recorrentes de painéis em elevadores geram apreensão, com servidores relatando casos de pessoas presas em equipamentos.

Desde a pandemia, o teletrabalho se tornou uma prática recorrente entre os servidores da Cidade Administrativa. Mesmo após a flexibilização das restrições sanitárias, em 2023, a obrigatoriedade presencial limitar-se-ia a um dia por semana. No entanto, problemas estruturais, como a falta de funcionamento adequado dos elevadores, mantiveram os prédios quase desocupados durante grande parte de 2024.

Outro ponto crítico levantado pelas autoridades é a ausência do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento que atesta a segurança dos prédios em casos de incêndio. Eles também denunciam que algumas portas de emergência estão bloqueadas, aumentando os riscos em situações de evacuação emergencial.

Com a determinação de comparecimento presencial em três dias semanais, o fluxo de trabalhadores já começou a aumentar. Entretanto, os servidores alertam que o cenário pode se agravar em fevereiro, quando o número de pessoas nas dependências do complexo deve crescer significativamente com o fim do período de férias.

A Cidade Administrativa, projetada para centralizar a gestão pública estadual e melhorar recursos, enfrenta hoje um desafio inverso, sendo alvo de críticas por parte dos funcionários que questionam as condições de trabalho oferecidas. O governo de Minas ainda não se posicionou oficialmente sobre as reclamações ou planos de melhorias na infraestrutura.

Fonte: Estado de Minas

Foto: Divulgação