A proposta de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que ganham até R$ 5 milhões por mês pode ter um impacto significativo nas finanças públicas, estimado em R$ 51 bilhões por ano. A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira (25) pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), que calcula que a medida beneficiará 9,6 milhões de pessoas, aumentando o número de isentos de 16,4 milhões para 26 milhões .
Atualmente, são isentos do IR os trabalhadores que recebem até R$ 2.259,20, e a ampliação da faixa de isenção até R$ 5 mil mensais representaria uma mudança importante no sistema tributário, proporcionando alívio fiscal para uma parte significativa da população. A proposta foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em novembro deste ano.
No entanto, a medida ainda precisa ser comprovada pelo Congresso Nacional, incluindo a Câmara dos Deputados e o Senado. A expectativa do governo é que a discussão sobre o projeto de lei ocorra ao longo de 2025, com a alteração prevista para 2026. Embora a proposta tenha sido bem recebida por muitos trabalhadores, ela enfrenta resistência entre parlamentares da oposição, que questionam a forma como uma renúncia fiscal de R$ 51 bilhões será compensada.
O governo de Lula defende que, para cobrir o custo da medida, aqueles que possuam rendimentos monetários superiores a R$ 50 mil seriam tributados com uma alíquota maior. Contudo, a proposta ainda gera controvérsia no cenário político, especialmente em relação ao equilíbrio fiscal e às fontes de compensação para essa renúncia de arrecadação.
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