A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação para apurar as causas e consequências da queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Tocantins e Maranhão, e desabou no último domingo (22). A estrutura, localizada sobre o rio Tocantins, cedeu enquanto veículos trafegavam, incluindo caminhões-tanque carregados com ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, que caíram no rio, levantando preocupações sobre danos ambientais graves.
Em nota oficial, a PF destacou a importância de investigar a fundo as causas do acidente e garantir a responsabilização dos envolvidos. As diligências iniciais serão conduzidas pelas Superintendências Regionais da Polícia Federal nos dois estados, que já mobilizaram equipes para coletar dados e evidências.
Cinco peritos do Instituto Nacional de Criminalística foram enviados à Delegacia de Polícia Federal em Imperatriz nesta terça-feira (24), acompanhados por dois engenheiros civis, dois especialistas em locais de crime e um especialista em meio ambiente. Eles deverão avaliar a extensão dos danos e determinar as perícias técnicas necessárias para avançar nas investigações.
Os relatórios anteriores já indicavam problemas estruturais na ponte. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), inspeções realizadas até julho de 2019 classificaram a estrutura como estando em "estado ruim" de conservação, com nota 2 em um índice que vai de 1 (condição mais crítica) a 5 (melhor estado). A ponte, listada na categoria "amarela", era monitorada como uma obra com necessidade urgente de manutenção.
A queda da ponte também gerou sérias preocupações ambientais. O vazamento de substâncias químicas no rio Tocantins pode causar efeitos significativos na fauna e na flora locais, além de comprometer a qualidade da água para as comunidades ribeirinhas. A PF ressaltou que a investigação também visa mitigar possíveis danos e garantir a recuperação ambiental.
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