Feminicídios caem em Minas, mas 11 mulheres ainda são assassinadas por mês

Minas Gerais apresentou avanços significativos na segurança pública em 2024, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (11). O estado registrou uma redução de 22,8% nos feminicídios entre janeiro e outubro, totalizando 118 casos contra 153 no mesmo período de 2023. Apesar da queda, o dado ainda preocupa, com uma média de 11 mulheres assassinadas mensalmente em crimes motivados pelo gênero .

A Polícia Civil revelou que mais de 27 mil pessoas foram indiciadas neste ano por crimes de violência contra a mulher. Além disso, foram formalizados 58,2 mil pedidos de medidas protetivas à Justiça, uma média de 5,3 mil solicitações por mês. A delegada-geral Letícia Gamboge destacou os investimentos feitos para fortalecer as delegacias de atendimento à mulher. “Estamos aprimorando a infraestrutura, ampliando o quadro de pessoal e padronizando os procedimentos operacionais para garantir segurança e agilidade no atendimento às vítimas”, declarou.

Os dados também apontam uma redução significativa em crimes contra o patrimônio. Roubos em geral caíram 6,2% no estado, representando 2,7 mil ocorrências a menos em comparação ao ano passado. Houve quedas de 9,4% nos roubos de celulares e de 10,5% nos roubos a pedestres. Em Belo Horizonte, os roubos em transporte coletivo recuperaram 19,3%. “Minas Gerais tem se destacado nacionalmente no combate aos crimes contra o patrimônio, o que reflete diretamente na sensação de segurança da população”, afirmou o secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco.

Outro destaque foi a expansão do serviço Emergência MG, que permite o acionamento on-line das Forças de Segurança, como Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Com implementação inicial em Lagoa Santa, o projeto alcançou mais de 7 milhões de mineiros em 107 cidades. O estado também investiu na ampliação da frota, adquirindo 1.340 novas viaturas, 8.200 coletes e um caminhão para transporte de combustíveis, com um transporte total de R$ 500 milhões.

No reforço do efetivo, cerca de 3 mil novos militares foram formados para atuar em todas as regiões de Minas Gerais. Além disso, foram anunciadas 329 vagas para o Corpo de Bombeiros, incluindo cursos de formação de oficiais e soldados.

Embora os números sejam mais avançados, o desafio de combater a violência contra a mulher e reduzir ainda mais os índices de criminalidade permanece como prioridade para o estado.