17°C 27°C
Lagoa Santa, MG
Publicidade

Copom eleva juros para 11,25% ao ano para conter inflação e pressão externa

Alta do dólar e aumento nos preços dos alimentos impactaram decisão do Banco Central

07/11/2024 às 12h30
Por: Redação
Compartilhe:
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, passando para 11,25% ao ano, em uma tentativa de conter a inflação e os efeitos externos sobre a economia brasileira. A alta, anunciada na última quarta-feira (6), é um reflexo das crescentes incertezas econômicas globais, como a alta do dólar e os preços mais elevados dos alimentos, em especial devido à seca que afetou a produção agrícola no início do ano. A decisão foi amplamente esperada pelo mercado financeiro, que já havia antecipado um possível aumento após a inflação de setembro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrar uma alta de 0,44%, impulsionada pelo aumento da conta de luz e alimentos.

Essa mudança no cenário da política monetária do Banco Central marca o fim de um ciclo de redução de juros que começou em 2023, quando a taxa estava em 13,75% ao ano. Entre agosto do ano passado e maio deste ano, o Copom promoveu uma série de cortes na taxa, mas a retomada da alta foi iniciada em setembro com um aumento de 0,25 ponto percentual. Com a nova elevação, o Comitê continua seu esforço para controlar a inflação, que acumulou alta de 4,42% nos últimos 12 meses, já se aproximando do teto da meta para 2023, fixado em 4,5%.

Além da elevação da taxa, as novas previsões do Banco Central indicam que o IPCA deve fechar 2024 em 4,6%, ultrapassando o limite superior da meta de inflação para o ano. O Comitê também ajustou suas projeções para 2025 e 2026, com estimativas de 3,9% e 3,6%, respectivamente. No entanto, o mercado continua mais pessimista, com o boletim Focus apontando uma previsão de 4,59% para a inflação de 2023, já acima do teto da meta.

O aumento da Selic tem como objetivo conter a demanda excessiva e ajudar a frear o crescimento dos preços. Contudo, um efeito colateral do aumento da taxa é o encarecimento do crédito, o que pode impactar o consumo e dificultar o crescimento econômico. Embora o Banco Central tenha elevado sua previsão de crescimento do PIB para 3,2% em 2024, as taxas de juros mais altas podem prejudicar a recuperação econômica, desestimulando investimentos e consumo.

Com a nova alta, a taxa Selic passa a ter um impacto direto nas negociações de títulos públicos e serve como referência para todas as demais taxas de juros da economia, influenciando desde o crédito pessoal até os financiamentos empresariais. Embora o aumento de juros seja uma ferramenta importante para combater a inflação, ele também dificulta a expansão da atividade econômica, criando um equilíbrio delicado entre crescimento e controle de preços.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Lagoa Santa, MG
28°
Parcialmente nublado

Mín. 17° Máx. 27°

29° Sensação
5.14km/h Vento
54% Umidade
35% (0.11mm) Chance de chuva
05h11 Nascer do sol
06h07 Pôr do sol
Sex 25° 18°
Sáb 24° 19°
Dom 26° 18°
Seg 27° 18°
Ter 28° 19°
Atualizado às 12h03
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,70 +0,41%
Euro
R$ 6,16 +1,01%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,63%
Bitcoin
R$ 458,460,59 -0,14%
Ibovespa
129,983,17 pts -0.27%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Anúncio