As vendas globais do McDonald's registraram uma queda significativa pelo segundo trimestre seguido, puxadas por uma desaceleração na demanda nos principais mercados e pelo impacto de um surto de E. coli em unidades dos Estados Unidos. A gigante do fast food anunciou uma redução de 1,5% em suas vendas no terceiro trimestre, a maior desde 2020, quando a pandemia afetou negativamente o setor. Os analistas estimaram uma queda de 0,72%, segundo dados da LSEG, porém, com a paralisação parcial das operações e a baixa demanda em mercados como EUA, França e Reino Unido, o índice final superou as expectativas mais negativas.
As dificuldades do McDonald's vêm principalmente do mercado norte-americano, onde um surto de E. coli ocorreu em uma suspensão temporária das vendas do icônico Quarterão com Queijo em cerca de 20% das unidades. O incidente, que ocasionou a morte de uma pessoa e deixou 74 outros pacientes, afetou significativamente o desempenho das unidades em setembro, resultando em uma queda nas visitas de clientes, com redução de 6,4%, 9,1% e 9,5 % em três dias consecutivos de outubro, segundo relatório de Gordon Haskett. A rede, agora, se prepara para uma teleconferência com acionistas, que deve esclarecer as medidas adotadas para evitar novos casos.
Nos EUA, onde o consumidor vem rapidamente com as visitas a restaurantes de fast food, a percepção de preços elevados aumentou a procura por refeições caseiras. Mercados internacionais, como França e Reino Unido, também registraram queda na frequência de clientes, resultando em uma queda nas vendas internacionais de 2,1% no trimestre. Embora o McDonald's tenha superado as expectativas de líquido de receita, alcançando US$ 6,9 bilhões em comparação à projeção de US$ 6,8 bilhões, seu lucro diminuiu 3%, atingindo US$ 2,26 bilhões, abaixo da previsão de US$ US$ 2,3 bilhões.
A empresa, que já havia registrado queda de 1% nas vendas no segundo trimestre, enfrentou pela primeira vez desde a pandemia um período prolongado de desafios no crescimento.
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