O Brasil encerrou sua participação nos Jogos Paralímpicos de Paris neste domingo (8) com a melhor campanha de sua história, alcançando 89 medalhas. No último dia de competições, a canoagem brilhou com uma conquista inédita: uma dobradinha nos 200 metros da classe VL2. O ouro foi para Fernando Rufino, o "cowboy de aço", e a prata ficou com Igor Tofalini, ambos ex-peões de rodeio que encontraram na canoagem um novo caminho após acidentes que os deixaram com limitações físicas.
Fernando Rufino, de 39 anos, dominou a prova e cruzou a linha de chegada com o tempo de 50s47, o melhor da história dos Jogos, conquistando seu segundo ouro paralímpico consecutivo — ele já havia vencido na mesma categoria em Tóquio 2020. Igor Tofalini, de 41 anos, ficou com a prata ao completar o percurso em 51s78, superando o americano Blake Haxton, que levou o bronze em uma chegada acirrada.
A história de superação dos dois medalhistas chama a atenção. Fernando Rufino, natural de Mato Grosso do Sul, perdeu parte dos movimentos das pernas após ser atropelado por um ônibus, enquanto Igor Tofalini, do Paraná, ficou paraplégico após cair de um touro durante uma competição de rodeio. Apesar dos traumas, ambos encontraram na canoagem uma nova paixão e um meio para escreverem suas histórias de sucesso no esporte.
Com o desfecho das provas de canoagem, o Brasil alcançou um total de 89 medalhas nas Paralimpíadas de Paris: 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. O feito garantiu ao país um lugar entre os cinco primeiros no quadro de medalhas, cumprindo a meta estabelecida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Os esportes que mais contribuíram para o sucesso da delegação brasileira foram o atletismo, a natação e o judô, com várias conquistas ao longo das competições. A campanha histórica solidifica a posição do Brasil como uma potência no esporte paralímpico mundial, e a expectativa é que o país continue evoluindo e superando marcas nos próximos ciclos olímpicos.
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