Imagens de satélite divulgadas nesta terça-feira (3) pelo NOAA e pela NASA revelaram um extenso corredor de fumaça que se estende do Norte ao Sul do Brasil, resultado das queimadas intensificadas na região amazônica, no Pará e na Bolívia. De acordo com o portal MetSul, esse corredor de fumaça, comum nesta época do ano, apresenta uma concentração excepcionalmente alta de partículas, afetando áreas maiores do que o habitual.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam que, entre domingo (1º) e terça-feira (3), os estados do Pará, Mato Grosso e Amazonas registraram mais de 5.993 focos de incêndio, contribuindo significativamente para a formação dessa grande nuvem de fumaça que cobre grande parte do sul do continente americano.
As queimadas na floresta amazônica aumentaram 109% entre janeiro e setembro deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, com 69.099 focos registrados até o momento. A fumaça densa resultante dessas queimadas tem causado sérias limitações de visibilidade em aeroportos da região amazônica, como em Manaus, Cuiabá e Porto Velho, onde foram registrados níveis críticos de visibilidade.
As imagens capturadas mostram que as massas de fumaça estão sendo deslocadas em direção ao sul do Brasil, especialmente ao Rio Grande do Sul, levadas por correntes de jato de baixos níveis e por um corredor de vento a cerca de 1,5 mil metros de altitude. Especialistas alertam que, embora o fenômeno seja esperado nesta época do ano, a intensidade e a abrangência desta vez são excepcionalmente preocupantes, impactando diretamente a qualidade do ar e a saúde das populações afetadas.
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