A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou um caso importado de sarampo em um jovem de 17 anos, residente em Belo Horizonte. O paciente havia retornado ao Brasil no dia 31 de julho após uma viagem à Inglaterra, começando a apresentar sintomas como tosse, cefaleia e dores no corpo um dia antes de sua chegada. No dia 4 de agosto, ele desenvolveu erupções na pele (exantema).
As autoridades de saúde estão monitorando os passageiros do mesmo voo em que o jovem viajou e emitiram um alerta a todas as unidades do SUS-BH para que os profissionais de saúde estejam atentos a possíveis novos casos.
O diagnóstico foi confirmado em 14 de agosto pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG) da Fundação Ezequiel Dias (Funed) através do método PCR. A SES-MG ressaltou que Minas Gerais não registra casos autóctones de sarampo desde 2020, quando 22 casos foram confirmados.
A notificação inicial foi feita pela Secretaria Municipal de Saúde de Contagem em 8 de agosto, após o caso suspeito ser atendido na rede suplementar. A sorologia inicial foi reagente, e uma nova amostra foi coletada pela Vigilância Municipal de Belo Horizonte e enviada à Funed para confirmação por PCR.
Desde a notificação, medidas rigorosas de monitoramento e controle foram adotadas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-Minas) e demais autoridades locais. O paciente foi isolado, contatos foram rastreados, e a vacinação de bloqueio foi realizada.
Sobre a situação vacinal, o paciente havia recebido a primeira dose da vacina e declarou ter tomado a segunda. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte verificou a caderneta vacinal e imunizou os moradores da residência do paciente. Além disso, a situação vacinal de alunos e trabalhadores na escola do adolescente foi regularizada.
Um alerta epidemiológico foi enviado pelo Cievs Minas a todas as Unidades Regionais de Saúde, reforçando a necessidade de vigilância para casos suspeitos de Doenças Exantemáticas Febris.
Sobre o Sarampo
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa e potencialmente grave, transmitida por secreções nasofaríngeas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O vírus pertence ao gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae, e o ser humano é seu único reservatório.
O período de incubação do vírus varia entre sete e 21 dias. A transmissão começa seis dias antes do aparecimento do exantema e dura até quatro dias após seu surgimento.
A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir e controlar o sarampo. O esquema vacinal é o seguinte:
De 1 a 29 anos: Duas doses (primeira aos 12 meses com a tríplice viral, e segunda aos 15 meses com a tetraviral ou tríplice viral + varicela).
De 30 a 59 anos: Uma dose da vacina tríplice viral, se não vacinado anteriormente.
Trabalhadores da saúde: Duas doses da tríplice viral, independentemente da idade, com intervalo de 30 dias entre as doses.
Em caso de suspeita de sarampo, o paciente deve evitar frequentar locais com grande concentração de pessoas por até quatro dias após o início do exantema, para minimizar o risco de disseminação do vírus.
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