O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, expressou preocupação com a queda no orçamento da instituição e seus possíveis impactos práticos, durante um evento em São Paulo nesta segunda-feira, 22 de abril.
Ele destacou que a paralisação dos funcionários do BC por ajustes salariais e a falta de contratações já estão atrasando a implementação da agenda digital da instituição, afetando iniciativas como o Pix e a criação do Drex, uma moeda digital em fase de testes.
Campos Neto ressaltou a importância da autonomia financeira do Banco Central e defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65 como uma forma de viabilizar melhores condições de contratação e parcerias com empresas privadas para projetos como o Drex.
"Por exemplo, no Drex, contamos com a colaboração de várias empresas, como a Microsoft e a Parfin, mas enfrentamos dificuldades na formalização dos contratos devido à rigidez da máquina pública", explicou o presidente do BC.
Sobre o apoio da proposta pelo governo, Campos Neto afirmou que é necessário esclarecer alguns pontos, mas destacou a boa receptividade no Legislativo, especialmente no Senado.
Quanto à transição no comando do BC ao final do ano, Campos Neto enfatizou que espera que a agenda de digitalização da instituição continue sob seu sucessor, destacando a competência dos técnicos do Banco Central.
Ao refletir sobre seu próprio início no cargo, o presidente revelou suas inseguranças iniciais, ressaltando o apoio e aprendizado proporcionados pela equipe do BC durante sua gestão, destacando a realização do Pix durante a pandemia como um marco que demonstrou a eficácia e a capacidade da instituição em momentos desafiadores.
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