Em um discurso realizado no último domingo, 21 de abril, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dirigiu elogios ao empresário Elon Musk e defendeu veementemente a atuação do fundador da Tesla e do X (antigo Twitter).
"Acusam, agora, o homem mais rico do mundo. O homem que nasceu na África do Sul, que foi naturalizado americano, que é dono de uma plataforma cujo objetivo dele é fazer com que o mundo todo seja livre. Que é o X. O nosso antigo Twitter. É um homem que realmente preserva-se pela liberdade a todos nós. É o homem que teve a coragem de mostrar, já com algumas provas, outras virão com toda a certeza, para onde a nossa democracia estava indo. O quanto de liberdade nós já perdemos", afirmou Bolsonaro em meio aos seus apoiadores.
Musk, atualmente alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal que investiga a existência de milícias digitais, tem protagonizado embates públicos com o ministro Alexandre de Moraes e ameaçado desobedecer ordens judiciais para manter contas no X bloqueadas.
Além de suas considerações sobre Musk, Bolsonaro aproveitou o momento para criticar seu adversário político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), questionando a eficácia de seus ministros em comparação com os de seu governo.
"O que fizemos ao longo dos 4 anos, que grande parte da mídia tradicional não mostrou. Quando se muda um governo, o que se pensa? É igual quando muda um técnico de futebol. Espera um time melhor. Dá pra comparar esses 38 ministros de Lula com os 23 de Bolsonaro?", provocou.
Bolsonaro e os organizadores afirmaram que o evento em Copacabana tinha como objetivo principal defender o direito à liberdade de expressão. O ex-presidente também reiterou discursos anteriores, como o realizado na Avenida Paulista, em fevereiro, onde reforçou sua postura legalista.
"Nós nunca jogamos fora das quatro linhas. Completando aqui o Silas Malafaia. Minuta de golpe. Alguém já viu essa minuta de golpe? Imprensa já viu a minuta de golpe? Ué? Por que não? Quando se fala em estado de sítio, é uma proposta que o presidente, dentro das suas atribuições constitucionais, pode submeter ao Parlamento brasileiro. O presidente não baixa decreto nenhum. Só baixa decreto depois que o Parlamento der sinal verde", enfatizou.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro não divulgou informações sobre a quantidade de participantes no evento.
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