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Com saída de Biden, Democratas não cravam Kamala como candidata para enfrentar Trump

Candidato republicano, Trump reagiu à desistência de Biden neste domingo, 21 de julho. O presidente dos EUA estava sendo pressionado a abandonar a corrida eleitoral desde o fim de junho, quando teve um mau desempenho no primeiro debate presidencial. Idade avançada e aptidão de Biden levantaram preocupações

22/07/2024 às 07h36 Atualizada em 22/07/2024 às 07h40
Por: Redação
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Foto: Jonathan Ernst/Reuters
Foto: Jonathan Ernst/Reuters

Após a desistência de Joe Biden à candidatura da presidência dos EUA neste domingo, 21 de julho, Donald Trump afirmou que o presidente dos EUA "não estava apto para concorrer à presidência". O candidato republicano fez a declaração em sua rede social, Truth Social.

Trump também disse acreditar que será mais fácil derrotar a vice-presidente, Kamala Harris, na disputa. Embora o nome de Harris ainda não tenha sido oficialmente confirmado para assumir a candidatura democrata, diversos membros do partido já manifestaram apoio a ela, incluindo o próprio Biden.

Joe Biden anunciou neste domingo que desistiu da candidatura democrata à reeleição. Em seu comunicado no X, Biden declarou apoio à vice-presidente Kamala Harris para liderar a chapa democrata e afirmou que cumprirá seu mandato até janeiro de 2025. "Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. Embora minha intenção fosse buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato", escreveu Biden.

Kamala Harris, por sua vez, agradeceu o apoio de Biden e declarou sua intenção de "conquistar e ganhar a indicação" do Partido Democrata. De acordo com o instituto de pesquisa Morning Consult, 30% dos democratas apoiam Kamala caso Biden seja substituído, enquanto o governador da Califórnia, Gavin Newsom, aparece em seguida com 20%.

Kamala, de 59 anos, é a primeira mulher a se tornar vice-presidente dos EUA. Formada em Direito e Ciências Políticas, ela foi procuradora da cidade de São Francisco e, depois, do estado da Califórnia, além de ter sido senadora pelo estado entre 2017 e 2020. Ela chegou a se apresentar como pré-candidata à Casa Branca para as eleições de 2020, mas perdeu apoio e desistiu da corrida por falta de recursos financeiros.

Filha de mãe indiana e pai jamaicano, Kamala foi escolhida para integrar a chapa democrata a fim de atrair minorias, sendo uma mulher negra e filha de imigrantes. Sua escolha foi fundamental para a eleição de Biden, funcionando como um chamariz para convencer eleitores negros a votarem no pleito de 2020.

Durante o mandato de Biden, Kamala foi considerada a sucessora natural para as eleições de 2024, mas seu desempenho foi abaixo do esperado, e as pesquisas indicaram fraca popularidade. Uma pesquisa publicada em junho deste ano pela Redfield & Wilton Strategies indicou que ela era desaprovada por 44% dos americanos e aprovada por 39%.

A base do Partido Democrata ainda demonstra resistência ao nome de Kamala devido a seus números fracos, de acordo com o site Politico. O partido considera outros nomes de governadores como possíveis substitutos, incluindo Gavin Newsom, da Califórnia, e Gretchen Whitmer, de Michigan, ambos mais populares que Kamala.

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