
Um homem de 27 anos foi preso na noite desta sexta-feira (5/12) suspeito de aplicar um golpe financeiro contra uma idosa de 63 anos no bairro Serra, região Centro-Sul de Belo Horizonte. A ação, segundo a Polícia Militar, segue o padrão utilizado pela chamada “Gangue da Maquininha”, grupo que atua na capital e cidades vizinhas usando supostos entregadores para enganar vítimas e obter senhas de cartões bancários.
De acordo com o soldado Arcanjo, do 22º Batalhão da PM, a idosa relatou ter recebido mensagens de uma loja que prometia enviar um presente ainda naquela tarde. Ao perceber que havia sido enganada, procurou os militares e informou um prejuízo que pode chegar a R$ 10 mil.
A PM iniciou o monitoramento do endereço da vítima e identificou dois motociclistas atuando de forma coordenada. Um deles parou em frente à residência, enquanto o outro permaneceu em observação, dando cobertura. Os policiais conseguiram deter o suspeito que estava à porta da casa, mas o comparsa conseguiu fugir por uma área de mata no Aglomerado da Serra, abandonando a motocicleta utilizada no crime.
Com o homem preso, foram apreendidas duas maquininhas de cartão, dois celulares, R$ 220 em dinheiro e as duas motos usadas na abordagem. Segundo a corporação, o suspeito já possui histórico criminal por furto, roubo, tráfico de drogas e posse ilegal de arma. Ele foi levado para a Central de Flagrantes 1, no bairro Floresta.
O método usado pela quadrilha, conforme explica o soldado Arcanjo, envolve contato prévio por telefone ou mensagens. Os criminosos se passam por representantes de lojas conhecidas e afirmam que a vítima receberá um presente, arcando apenas com a taxa de entrega. No momento do pagamento, dizem que a senha do cartão apresenta problema e orientam a pessoa a ligar para a central bancária. Enquanto a vítima tenta resolver a situação, os golpistas observam ou capturam a senha informada durante a ligação.
Com esses dados, realizam transações sem que a pessoa perceba imediatamente, já que costumam usar maquininhas sem bobina, impedindo a impressão de comprovantes. Em alguns casos, também coletam informações adicionais para clonagem dos cartões. Os valores movimentados pelo grupo, segundo a PM, variam entre R$ 3 mil e R$ 10 mil por vítima.
As investigações seguem para identificar os demais envolvidos e impedir novas ações semelhantes na região.
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