18°C 30°C
Belo Horizonte, MG
Publicidade

Indígenas Munduruku fazem manifestação pacífica e cobram participação direta na COP30 em Belém

Grupo bloqueou acesso à Zona Azul e pediu reunião emergencial com o presidente Lula para discutir direitos territoriais e críticas às negociações climáticas.

14/11/2025 às 16h00
Por: Bianca Guimarães
Compartilhe:
Foto: Lela Beltrão/ Sumaúma
Foto: Lela Beltrão/ Sumaúma

Um protesto pacífico realizado por indígenas Munduruku marcou o início do quinto dia da COP30, em Belém do Pará, nesta sexta-feira (14). Por volta das 5h40, cerca de 90 integrantes da etnia ocuparam a área externa que dá acesso à Zona Azul, espaço reservado aos negociadores e participantes credenciados da conferência climática.

Com cartazes e faixas, o grupo cobrou uma reunião emergencial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e denunciou a ausência de participação indígena nas principais mesas de negociação. Manifestantes relataram frustração com a dificuldade de diálogo com autoridades. “Nós mulheres, caciques, jovens e crianças estamos aqui. Exigimos ser ouvidos, mas sempre somos barrados”, afirmou uma das lideranças presentes.

Os Munduruku criticam propostas internacionais que tratam florestas nativas como ativos financeiros ligados ao mercado de carbono. Entre as mensagens exibidas estavam frases como “Nossa floresta não está à venda” e “Não negociamos a Mãe Natureza”. O grupo também reivindicou a retirada de invasores das terras indígenas e o fim do Marco Temporal, legislação contestada por povos originários.

Durante o ato, participantes da conferência formaram um cordão humano para proteger os manifestantes, enquanto soldados do Exército bloquearam o acesso à Zona Azul. A entrada de delegações chegou a ser interrompida temporariamente, mas foi restabelecida por uma rota alternativa pouco depois.

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, esteve no local para dialogar com representantes do protesto. O advogado Marco Apolo Santana, da Associação Wakoborun, acompanhou a conversa e destacou que os indígenas se sentem excluídos dos debates centrais. “Parece que só são ouvidos quando realizam manifestações. Felizmente, houve diálogo e a expectativa é de que uma reunião seja realizada em breve”, disse.

Os Munduruku vivem majoritariamente na bacia do Rio Tapajós, no oeste do Pará, e têm sido protagonistas de mobilizações nacionais em defesa de seus territórios e da Amazônia.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Belo Horizonte, MG
30°
Tempo nublado

Mín. 18° Máx. 30°

30° Sensação
3.6km/h Vento
40% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
05h09 Nascer do sol
18h11 Pôr do sol
Sáb 30° 19°
Dom 29° 18°
Seg 25° 18°
Ter 25° 18°
Qua 29° 17°
Atualizado às 17h01
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,30 +0,04%
Euro
R$ 6,16 -0,05%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 533,399,73 -3,33%
Ibovespa
157,987,53 pts 0.54%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade