
Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas após um intenso confronto entre policiais militares e criminosos no Aglomerado Buraco Quente, parte do complexo da Pedreira Prado Lopes, em Belo Horizonte, na noite desta terça-feira (11). A operação, conduzida pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), tinha como objetivo conter uma tentativa de invasão territorial promovida por facções rivais envolvidas com o tráfico de drogas na região.
Segundo a corporação, o setor de inteligência identificou um plano de ataque que previa o uso de um carro blindado e de uma motocicleta para eliminar integrantes de um grupo rival e assumir o controle do comércio ilegal. Durante o patrulhamento, militares interceptaram dois suspeitos em uma moto vermelha na Rua Ibiá. Um deles portava uma pistola adaptada com um “kit rajada” — mecanismo que transforma a arma em uma submetralhadora — e o outro carregava uma pistola Taurus TH9, furtada de um policial civil em março deste ano.
Logo após a prisão dos dois homens, disparos foram ouvidos nas imediações. A tropa avançou pela Rua Vivina Faria do Nascimento, onde foi recebida a tiros por um grupo armado. No confronto, um homem de 32 anos, apontado como integrante da liderança local do tráfico, foi morto no local. Outro suspeito, de 24 anos, considerado chefe da facção, foi baleado e levado ao Hospital Odilon Behrens, mas não resistiu aos ferimentos.
Além das mortes, a troca de tiros entre os grupos rivais e a PM deixou seis pessoas feridas, incluindo um jovem de 23 anos atingido na perna, que foi encaminhado ao Hospital João XXIII.
A operação resultou ainda na apreensão de um arsenal. Entre os materiais recolhidos estavam pistolas de calibres variados, carregadores, munições e um veículo blindado IX35, posteriormente identificado como clonado — o carro havia sido furtado em junho de 2025.
De acordo com a PM, os suspeitos mortos e presos possuíam extensa ficha criminal, com passagens por tráfico, homicídio e roubo. A corporação informou que a ação teve caráter preventivo e busca restabelecer a segurança em uma das regiões mais conflituosas de Belo Horizonte.
A Polícia Civil deve instaurar inquérito para investigar o caso e apurar o envolvimento dos suspeitos com facções criminosas atuantes no aglomerado.
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