
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou, neste domingo (9), a antecipação do pagamento de benefícios e o envio de equipes técnicas para atender os moradores atingidos pelo tornado que devastou o Paraná na última sexta-feira (7). A tragédia deixou seis mortos, mais de 750 feridos e cerca de mil pessoas desalojadas, principalmente no município de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do estado.
De acordo com o INSS, servidores serão deslocados para a região a fim de orientar segurados, garantir o acesso a benefícios sociais e auxiliar na documentação de desabrigados. A medida foi adotada após o governador Ratinho Junior (PSD) decretar estado de calamidade pública no sábado (8), o que permite ao poder público mobilizar recursos federais e agilizar ações emergenciais.
O fenômeno, classificado como EF3 — a terceira categoria mais alta da Escala Fujita —, registrou ventos que ultrapassaram os 250 km/h, destruindo 90% da área urbana de Rio Bonito do Iguaçu, incluindo casas, escolas, comércios e prédios públicos. A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou, no domingo (9), um projeto de lei do Governo do Estado que libera R$ 50 milhões para os municípios atingidos. Além disso, o Legislativo estadual anunciou o repasse adicional de R$ 3 milhões do próprio fundo orçamentário.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) atualizou para 32 o número de pessoas internadas, sendo quatro em estado grave. Enquanto isso, o governo paranaense organiza abrigos emergenciais e o plano de reconstrução das áreas afetadas, que inclui novas moradias, escolas e a sede da Apae do município.
Equipes da Copel (Companhia Paranaense de Energia) e da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) trabalham desde o fim de semana para restabelecer o fornecimento de energia elétrica e de água. Segundo Leandro Henrique Moraes Guilherme, gerente de Operação de Campo da Copel, a devastação exigirá uma reconstrução completa da infraestrutura.
“Toda a estrutura da região central foi destruída. Estamos instalando postes, cabos e transformadores novos. É uma reconstrução pesada, como se estivéssemos começando do zero”, afirmou.
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