
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) prendeu, na noite desta quarta-feira (5/11), dois homens suspeitos de participação no ataque que incendiou um ônibus da linha 634, no bairro Nova Iorque, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As prisões foram realizadas por militares do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), no distrito de Justinópolis, em Ribeirão das Neves. Um terceiro suspeito ainda está sendo procurado.
De acordo com informações da corporação, os detidos, de 20 e 26 anos, são apontados como autores diretos do atentado ocorrido na noite anterior. Durante a abordagem, os policiais apreenderam duas armas de fogo e uma quantidade significativa de drogas, que ainda será contabilizada. Um outro homem que acompanhava a dupla foi detido, mas, segundo a PM, não tem relação com o incêndio em Vespasiano.
O ataque, que mobilizou equipes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da perícia e da Cemig, aconteceu na noite de terça-feira (4/11). Três homens encapuzados renderam o motorista do coletivo e ordenaram que ele entregasse uma carta às autoridades. O grupo então ateou fogo no ônibus usando combustível e fugiu. O incêndio atingiu a rede elétrica da avenida Lauro Soares, interrompendo temporariamente o fornecimento de energia no bairro.
A carta deixada pelos criminosos foi endereçada à juíza da comarca e ao diretor do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves. O texto denuncia supostos maus-tratos a presos e familiares, além de irregularidades no atendimento médico e nas condições de visitação. O documento também continha ameaças de novos ataques e a assinatura da sigla “BDM”, que seria uma referência ao “Bonde dos Malucos”, facção que atua em Minas Gerais.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) repudiou o crime em nota pública, afirmando que o ataque compromete o serviço e causa prejuízos diretos à população. O sindicato também declarou confiança nas autoridades para identificar e responsabilizar os autores.
Em resposta, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) acompanha o caso e aguarda a conclusão do inquérito da Polícia Civil para confirmar se há ligação com o sistema prisional. O órgão afirmou que o Presídio Antônio Dutra Ladeira segue com rotina regular de visitas e atendimento médico, além de passar por fiscalizações periódicas do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
As investigações prosseguem sob responsabilidade da Polícia Civil, que busca localizar o terceiro suspeito e confirmar a motivação do crime.
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