
A madrugada desta terça-feira (5) foi de terror na pequena cidade de Ijaci, no Sul de Minas Gerais. Uma quadrilha fortemente armada atacou as agências do Sicoob e do Bradesco, utilizando explosivos e disparando dezenas de tiros de fuzil durante a ação. O município, que tem pouco mais de 7 mil habitantes, amanheceu em choque diante da destruição deixada pelos criminosos.
De acordo com a Polícia Militar, ao menos seis homens participaram da ação. Testemunhas relataram que os disparos começaram por volta das 2h da manhã, seguidos de fortes explosões que abalaram o centro da cidade. As armas utilizadas incluíam calibres 12, .40 e 5,56, típicos de uso restrito. Parte dos tiros foi registrada na Praça Central, área onde ficam os principais prédios públicos e comércios locais.
Vídeos gravados por moradores mostram uma das agências completamente destruída, com destroços espalhados pela calçada. Em uma das gravações, é possível ouvir a sequência de tiros e o som de pneus cantando durante a fuga dos criminosos.
Após o ataque, a quadrilha fugiu em um Fiat Cronos, seguindo em direção a Bom Sucesso, cidade vizinha. A PM montou um cerco nas rodovias da região e acionou unidades especializadas para reforçar as buscas, mas, até o início da manhã, nenhum suspeito havia sido localizado.
Ainda não há confirmação se os cofres dos bancos foram violados ou se os bandidos conseguiram levar dinheiro. As perícias serão realizadas nas agências assim que os locais forem liberados pelas forças de segurança.
Segundo a corporação, as investigações iniciais apontam que o ataque pode ter ligação com quadrilhas especializadas em explosões de caixas eletrônicos que atuam no interior de Minas. A Polícia Civil ficará responsável pela apuração detalhada do caso.
O clima na cidade, segundo os moradores, é de medo e apreensão. “Foram minutos que pareceram horas. Parecia guerra. Todo mundo se trancou em casa”, relatou um comerciante que vive próximo à praça.
Este é o segundo ataque a agências bancárias registrado na região Sul do estado em menos de um mês, o que reforça a preocupação das autoridades com a escalada da criminalidade em cidades de pequeno porte.
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