
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu nesta semana um grupo suspeito de integrar uma quadrilha que aplicava golpes com boletos bancários falsos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo as investigações, os criminosos, com base em Lagoa Santa, utilizavam dados de empresas conhecidas para realizar compras em nome delas e não efetuavam o pagamento após receber as mercadorias.
De acordo com a polícia, o grupo obtinha informações de firmas reais e se passava por representantes dessas empresas, fazendo pedidos em lojas que já mantinham relação comercial com as vítimas. As mercadorias — entre elas materiais de construção, tintas e itens de decoração — eram entregues antes do vencimento dos boletos. Quando os empresários tentavam cobrar os valores, descobriam que os dados haviam sido clonados.
Os suspeitos foram localizados em mansões construídas com recursos obtidos por meio das fraudes, conforme apontam as investigações. Entre os presos estão um pedreiro e um construtor, e há indícios de que o grupo atuava há pelo menos seis anos aplicando esse tipo de golpe na região.
Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam latas de tinta, quadros decorativos, cartões bancários e celulares, que serão analisados. O material apreendido servirá para identificar os receptadores das mercadorias e rastrear o destino dos produtos.
Segundo o delegado Carlos Eduardo Nunes, responsável pelo caso, um dos integrantes da quadrilha está foragido e teria fugido para o estado do Rio de Janeiro. “Todos os outros foram presos ontem, estão no sistema prisional e vão responder por organização criminosa e lavagem de dinheiro”, afirmou.
Os detidos têm entre 34 e 48 anos e já possuíam antecedentes criminais. As investigações prosseguem para apurar a participação de outros envolvidos e o valor total do prejuízo causado às empresas vítimas do esquema.
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