
O primeiro dos 24 novos trens que vão integrar o metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte foi oficialmente enviado da cidade de Qingdao, na China, na noite desta quinta-feira (30), já sexta-feira no horário local. A nova composição representa um marco no processo de modernização do transporte sobre trilhos na capital mineira e promete oferecer mais conforto, segurança e eficiência aos passageiros.
Fabricado pela Changchun Railway Vehicles, subsidiária da CRRC Corporation Limited, maior fabricante de material ferroviário do mundo, o trem incorpora uma série de inovações tecnológicas. Entre elas estão sistemas de climatização, Wi-Fi a bordo, contagem automática de passageiros em tempo real, câmeras de vigilância (CFTV) e canal direto com o condutor em situações de emergência. Os bancos também foram redesenhados, com dimensões maiores e mais conforto para os usuários.
O investimento total no novo conjunto de trens é de cerca de R$ 700 milhões, segundo o governo de Minas Gerais. A chegada da composição ao Brasil está prevista para dezembro deste ano, e a operação comercial deve começar no primeiro semestre de 2026. Até o fim de 2026, dez novas composições deverão estar em circulação, enquanto as outras 14 seguem em fabricação.
O vice-governador Mateus Simões (PSD) acompanhou o embarque do primeiro trem diretamente da fábrica chinesa e destacou a importância do avanço tecnológico do projeto. “É motivo de satisfação e tranquilidade saber que vamos receber para o metrô de Belo Horizonte vagões climatizados, com internet, sensores de presença e sistemas integrados de operação”, afirmou.
De acordo com o governador Romeu Zema (Novo), o projeto simboliza um salto de qualidade no transporte público da região. “Os usuários do metrô vão contar com o que há de mais moderno e eficiente. Serão trens confortáveis, econômicos, silenciosos e com ar-condicionado”, declarou.
Entre as novidades técnicas que acompanham os novos trens está o sistema de telemetria embarcada, que envia dados em tempo real ao Centro de Controle de Operações do metrô, além do sistema de recuperação de energia da frenagem, responsável por reduzir o consumo elétrico e aumentar a eficiência operacional. O modelo também conta com o sistema ATO (Operação Automática de Trens), que automatiza a aceleração, a frenagem e o fechamento das portas, proporcionando viagens mais seguras e estáveis.
Com essas mudanças, o metrô de Belo Horizonte se prepara para iniciar uma nova etapa, voltada à modernização da frota, à melhoria da experiência dos passageiros e à sustentabilidade do transporte urbano na capital e na região metropolitana.
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