
Mulheres vítimas de violência doméstica em Belo Horizonte contam agora com um novo recurso tecnológico de proteção. O aplicativo EbodyGuard, lançado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), permite que usuárias enviem alertas de emergência diretamente ao Centro Integrado de Operações (COP), que aciona, em tempo real, uma viatura da Guarda Municipal para o atendimento imediato.
A ferramenta, que ainda está em fase de testes, foi implantada em celulares de 80 mulheres atendidas pelo programa Proteja Mulher, vinculado ao Grupamento Especializado de Proteção à Mulher. O objetivo é ampliar a rede de segurança e garantir respostas mais rápidas em casos de agressão, ameaça ou descumprimento de medida protetiva.
O funcionamento é simples e discreto: ao acionar o aplicativo, o sistema envia automaticamente ao COP informações previamente cadastradas pela usuária, como a existência de medida judicial, doenças preexistentes, descrição do agressor, características do local e até a presença de animais domésticos. Além da localização exata, o aplicativo transmite áudio ambiente em tempo real, permitindo que a Guarda identifique a situação mesmo se a vítima não conseguir falar.
Segundo a PBH, o EbodyGuard também armazena registros sonoros e de geolocalização que podem ser utilizados como prova judicial, fortalecendo investigações e processos relacionados à violência doméstica. “A tecnologia é uma aliada na proteção e na resposta rápida. Nosso foco é salvar vidas e garantir que as mulheres tenham canais eficazes de socorro”, informou a administração municipal em nota.
Além do aplicativo, a Guarda Municipal mantém outros canais de atendimento emergencial, como o telefone 153 e o Botão de Importunação Sexual, disponível no PBH App. A Cabine Lilás, composta exclusivamente por agentes femininas, continua atuando no acolhimento e suporte às vítimas, com atendimento especializado e sigiloso.
As autoridades reforçam que qualquer situação de violência deve ser denunciada. As queixas podem ser registradas em delegacias presenciais, pela Delegacia Virtual ou pelos números 180 (Central de Atendimento à Mulher) e 181 (Disque Denúncia).
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