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ALMG retoma nesta terça análise da PEC que facilita privatização da Copasa

Proposta do governo Zema, que elimina necessidade de referendo popular, pode ser votada em definitivo ainda nesta semana

28/10/2025 às 09h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Henrique Chendes
Foto: Henrique Chendes

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) retoma nesta terça-feira (28) a discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, que retira a exigência de referendo popular para a privatização da Copasa. A medida, de autoria do governo Romeu Zema (Novo), será analisada em segundo turno por uma comissão especial e pode seguir para votação definitiva no plenário ainda nesta semana.

A proposta foi aprovada em primeiro turno na madrugada da última sexta-feira (24), após uma sessão que durou mais de dez horas. O texto recebeu 52 votos favoráveis e 18 contrários, revelando a força da base governista, mas também a resistência da oposição, que tenta barrar a mudança constitucional.

A reunião desta terça será conduzida pelo deputado Cássio Soares (PSD), presidente da comissão, e contará com a participação dos deputados Noraldino Júnior (PSB), Antonio Carlos Arantes (PL), Bella Gonçalves (PSOL) e Gustavo Valadares (PSD). Entre eles, apenas Bella Gonçalves votou contra a proposta na primeira votação.

A PEC 24/2023 integra o conjunto de medidas do governo mineiro para viabilizar a adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que permite utilizar a venda ou a federalização de estatais como forma de amortizar a dívida de Minas Gerais com a União, atualmente em torno de R$ 170 bilhões. O texto busca revogar um dispositivo incluído na Constituição Estadual em 2001, durante o governo Itamar Franco, que condiciona a venda de empresas públicas à aprovação popular por meio de referendo.

A oposição na ALMG classifica a proposta como um retrocesso democrático. O deputado Cristiano Silveira (PT) lembrou que a exigência de consulta popular foi “uma conquista histórica da sociedade mineira” e afirmou que o governo tenta “retirar o direito da população de decidir sobre o patrimônio público”. A deputada Leninha (PT) também criticou o texto, chamando-o de “PEC do cala a boca”.

Os oposicionistas sustentam ainda que a Copasa é uma empresa lucrativa, com lucro líquido de R$ 1,32 bilhão em 2024, e cumpre funções sociais importantes, especialmente em municípios menores, onde o saneamento básico dificilmente despertaria interesse da iniciativa privada.

A base aliada, por sua vez, argumenta que a PEC não autoriza a privatização imediata da Copasa, mas apenas remove o obstáculo jurídico que impede o Estado de decidir sobre o tema futuramente. Deputados governistas afirmam que a mudança é essencial para reequilibrar as finanças estaduais e estimular investimentos privados em infraestrutura.

Com a análise do novo parecer, a expectativa é que a PEC seja votada em plenário ainda nesta semana. Caso seja aprovada em segundo turno, a emenda será promulgada pela Mesa Diretora da ALMG, consolidando mais um avanço no projeto de desestatização defendido pelo governo de Romeu Zema.

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