18°C 33°C
Lagoa Santa, MG
Publicidade

Lula e Trump se reúnem na Malásia e discutem tarifas e sanções entre Brasil e EUA

Encontro de quase uma hora marcou a primeira conversa oficial entre os dois presidentes após meses de tensões diplomáticas; Lula afirmou que não há motivo para desavenças entre os países.

26/10/2025 às 10h15
Por: Bianca Guimarães
Compartilhe:
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu neste domingo (26/10) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, capital da Malásia. O encontro, que durou cerca de uma hora, ocorreu durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) e representou o primeiro diálogo formal entre os líderes desde o início das tensões comerciais entre os dois países.

Durante a conversa, Lula afirmou que o Brasil está disposto a manter uma relação construtiva e de cooperação com os Estados Unidos. “O Brasil tem todo interesse em ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos. Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e EUA”, declarou o presidente brasileiro no início da reunião, que começou às 15h30 no horário local (4h30 da manhã em Brasília).

O petista apresentou uma pauta extensa de temas bilaterais e destacou que a disposição ao diálogo é fundamental para resolver os impasses. “Quando dois presidentes se sentam à mesa e colocam seus pontos de vista, a tendência é chegar a um acordo”, disse. Lula também reiterou seu otimismo quanto à manutenção de uma “relação civilizada e produtiva” entre os países.

O encontro contou com a presença do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. Nas redes sociais, Lula classificou a conversa como “franca e construtiva”, afirmando que as equipes técnicas de ambos os governos começarão a trabalhar imediatamente na busca por soluções sobre as tarifas comerciais e as sanções aplicadas a autoridades brasileiras.

Entre os principais temas abordados, estiveram as tarifas de 50% impostas em agosto sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos e as sanções financeiras aplicadas a membros do Supremo Tribunal Federal (STF) com base na Lei Magnitsky, incluindo o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci. Lula argumentou que as taxações foram um “equívoco” e que o comércio bilateral tem historicamente favorecido os Estados Unidos, com um superávit estimado em US$ 410 bilhões nos últimos 15 anos.

O encontro marca um momento de reaproximação diplomática entre os dois governos. A última interação entre Lula e Trump havia ocorrido em setembro, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, quando trocaram cumprimentos rápidos nos bastidores do evento. À época, Trump chegou a comentar sobre a “boa química” entre ambos e sinalizou interesse em uma futura reunião — agora concretizada na Malásia.

Além das conversas presenciais, os dois presidentes já haviam mantido um diálogo telefônico no início de outubro, no qual designaram Mauro Vieira e Marco Rubio para conduzir as negociações diplomáticas. Apesar das divergências recentes, Lula afirmou que está confiante na construção de uma relação “baseada no respeito e na cooperação” entre Brasil e Estados Unidos.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Lagoa Santa, MG
27°
Parcialmente nublado

Mín. 18° Máx. 33°

27° Sensação
2.57km/h Vento
45% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
05h17 Nascer do sol
06h01 Pôr do sol
Seg 34° 15°
Ter 33° 18°
Qua 34° 18°
Qui 29° 18°
Sex 24° 18°
Atualizado às 12h04
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,39 +0,04%
Euro
R$ 6,26 -0,03%
Peso Argentino
R$ 0,00 +0,00%
Bitcoin
R$ 647,601,47 +2,22%
Ibovespa
146,172,20 pts 0.31%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade