
O estado de São Paulo registrou mais uma morte por intoxicação causada por metanol, elevando para oito o número de vítimas fatais relacionadas à falsificação de bebidas alcoólicas. A mais recente vítima é Rafael Anjos Martins, de 25 anos, que faleceu nesta quinta-feira (23) após quase dois meses em coma. O jovem havia ingerido um gin contaminado comprado em uma adega na zona sul da capital paulista.
Rafael foi internado no dia 1º de setembro, quando apresentou sintomas graves de envenenamento após o consumo da bebida. Desde então, estava internado em estado crítico no Hospital São Luiz, em Osasco, onde veio a óbito. Em nota oficial, a instituição lamentou a perda:
“O Hospital São Luiz Osasco lamenta o falecimento do paciente Rafael Anjos Martins, nesta quinta-feira (23), e se solidariza com os familiares e amigos pela perda.”
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), as investigações apontam que o produto adulterado fazia parte de um esquema de falsificação operado a partir de uma distribuidora localizada em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A empresa fabricava bebidas de marcas conhecidas utilizando álcool combustível, que, segundo a apuração, estava misturado com metanol — uma substância altamente tóxica e imprópria para consumo humano.
O metanol, também conhecido como álcool metílico, é comumente usado como solvente industrial e combustível. Quando ingerido, pode causar cegueira, falência múltipla de órgãos e morte, mesmo em pequenas quantidades.
A Polícia Civil investiga se o esquema tem ligação com o crime organizado, uma vez que denúncias semelhantes foram registradas em outras regiões da Grande São Paulo. A maior parte das ocorrências se concentra nas cidades de São Bernardo do Campo e São Paulo, mas há registros de intoxicações e mortes em outros municípios metropolitanos.
As autoridades continuam rastreando a origem e o destino dos lotes de bebidas adulteradas. A SSP reforça o alerta para que a população verifique a procedência dos produtos e evite o consumo de bebidas vendidas a preços muito abaixo do mercado, especialmente em estabelecimentos sem registro ou fiscalização.
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