A primeira vacina contra a Covid-19 totalmente desenvolvida no Brasil, a SpiN-TEC, criada pelo Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), deve começar a ser distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) já no primeiro semestre de 2026. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (16) pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, durante participação em programa de rádio. Inicialmente, a previsão apontava para o início de 2027.
O imunizante encontra-se na fase final dos estudos clínicos e passou por testes de segurança que já indicam a eficácia do produto. Segundo a ministra, o Brasil publicou, recentemente, o primeiro artigo científico referente aos ensaios clínicos, demonstrando que a vacina é segura. A expectativa é que, em breve, seja protocolado pedido de registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), etapa necessária para a aprovação e uso em massa no país.
O desenvolvimento da SpiN-TEC contou com investimento de R$ 140 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, por meio da RedeVírus, abrangendo desde testes pré-clínicos até as fases clínicas 1, 2 e 3. A ministra destacou que toda a cadeia produtiva envolve empresas brasileiras: a Libbs será responsável pelo insumo farmacêutico ativo (IFA), enquanto outra companhia de Minas Gerais ficará encarregada do envase.
Luciana Santos ressaltou o caráter nacional do projeto e a importância estratégica da produção interna de vacinas. “É um orgulho nacional. Estamos avançando para que o Brasil tenha autonomia na produção de imunizantes e possa disponibilizar essa vacina de forma rápida e segura para a população”, afirmou.
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