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Moraes reabre inquérito contra Bolsonaro por suposta interferência na PF

Investigação havia sido suspensa desde maio de 2024; PGR pediu diligências complementares para apurar atos do ex-presidente durante seu mandato.

17/10/2025 às 12h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta quinta-feira (16/10) a reabertura do inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência na Polícia Federal (PF) em 2020. A decisão ocorreu um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitar o prosseguimento da apuração, que estava paralisada desde maio de 2024.

O inquérito foi iniciado em abril de 2020, logo após a saída do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (União Brasil–PR), que denunciou tentativas de Bolsonaro de influenciar a direção-geral e superintendências da PF. Na época, a investigação não resultou em indiciamento do ex-presidente, e a então vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo, havia opinado pelo arquivamento em setembro de 2022.

Com a posse do atual procurador-geral, André Mendonça Gonet, Moraes questionou novamente a posição da PGR em maio de 2024. Na quarta-feira (15/10), Gonet solicitou a reabertura do inquérito, citando a necessidade de diligências complementares. Segundo o procurador, a medida busca comparar os fatos apurados neste inquérito com provas colhidas em investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado, envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Durante sua gestão, Moro afirmou que Bolsonaro teria pressionado pela demissão do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, após investigações da corporação contra aliados do governo. Mensagens trocadas entre Moro e Bolsonaro indicam que o ex-presidente interferiu na exoneração de Valeixo, definindo apenas se seria “a pedido” ou “ex officio”. Além disso, Moro relatou ingerências em superintendências da PF em Pernambuco e Rio de Janeiro, sem justificativa formal.

O ex-ministro afirmou à PF que as trocas se justificariam por “falta de acesso a relatórios de inteligência”, enquanto Bolsonaro já teria acesso legal a informações por meio do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) e da Abin.

Em paralelo, Gonet pediu arquivamento de outra investigação contra Bolsonaro, relacionada ao suposto uso de bens públicos durante manifestações de 7 de setembro, avaliando que esses atos já foram analisados no contexto do julgamento da tentativa de golpe de Estado.

O ex-presidente está atualmente em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após condenação da Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

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