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Lapinha vence o 1º Festival Gastronômico “É de Comer Rezando” em Lagoa Santa

Evento que uniu fé e culinária consagra prato à base de ora-pro-nóbis como símbolo da tradição mineira

15/10/2025 às 20h14
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Adalberto/Divulgação
Foto: Adalberto/Divulgação

Lagoa Santa viveu um fim de semana de sabores, fé e celebração com a realização do 1º Festival Gastronômico “É de Comer Rezando”, promovido pela Paróquia São Paulo Missionário. O evento, que reuniu comunidades católicas da cidade em torno da culinária tradicional mineira, coroou a comunidade de Nossa Senhora do Rosário da Lapinha como a grande campeã da edição inaugural. Com um prato que uniu tradição, sabor e história, a equipe conquistou o troféu Papa Francisco, símbolo de devoção e partilha entre os participantes.

O festival teve como proposta valorizar o talento das cozinheiras locais e resgatar as receitas que atravessam gerações nas comunidades religiosas. As barracas, repletas de aromas irresistíveis e de acolhimento, atraíram dezenas de visitantes ao longo do fim de semana. Cada grupo apresentou um prato autoral, preparado com ingredientes típicos e muito afeto — em uma disputa que, mais do que técnica, foi movida por fé e dedicação.

A cozinha da Lapinha conquistou os jurados com o prato “Pernil & Ora”, uma combinação harmoniosa de pernil de panela, ora-pro-nóbis refogado, arroz branco soltinho, feijão caipira e angu de moinho d’água. A receita encantou pelo equilíbrio entre tradição e criatividade, além da perfeita execução dos sabores. O destaque, segundo os avaliadores, foi o uso do ora-pro-nóbis, planta rica em nutrientes e de grande valor simbólico na culinária mineira.

Conhecida popularmente como a “carne dos pobres”, a planta é um ícone da cultura regional e foi o ingrediente obrigatório do festival. Suas folhas verdes e suculentas foram o fio condutor das criações apresentadas por todas as paróquias. “O ora-pro-nóbis representa o que há de mais autêntico em Minas: simplicidade, sabor e fé. Cozinhar com ele é honrar nossas raízes e agradecer pelos frutos da terra”, comentou Elizabete Soares, uma das integrantes da equipe vencedora da Lapinha.

Em segundo lugar ficou a Comunidade Nossa Senhora Aparecida, do bairro Vila Maria, que apresentou uma receita repleta de identidade local. O terceiro lugar foi conquistado pela Paróquia São José, do bairro Aeronautas, com um prato que emocionou os jurados pela delicadeza dos temperos e pela forte ligação com a memória afetiva das famílias.

 

   

Durante todo o evento, o ambiente foi marcado por alegria e confraternização. O pátio paroquial transformou-se em um grande espaço de celebração comunitária, com música, cânticos religiosos, decoração temática e partilha de refeições. Famílias inteiras participaram da festa, que uniu gerações em torno da mesa e da fé. “Mais do que uma competição, este festival é uma forma de partilhar o amor por nossa cultura e pela espiritualidade que nos une. Aqui, cada prato é uma prece, e cada garfada é uma celebração”, resumiu o padre Luís Gustavo, idealizador do evento.

O sacerdote também destacou que o sucesso da primeira edição já garante a continuidade do festival. “Em 2026, queremos dobrar o tamanho do evento e trazer paróquias de outros municípios, fortalecendo o calendário gastronômico da região. Lagoa Santa tem tradição, sabor e fé — e este festival mostra que a mesa é um espaço de comunhão e cultura”, afirmou.

O público presente elogiou a organização e o clima fraterno que tomou conta do local. Além da gastronomia, o festival também serviu como ponto de encontro entre comunidades, aproximando fiéis e valorizando o trabalho voluntário das cozinheiras e equipes paroquiais.

Ao final da noite, o sentimento era de gratidão e pertencimento. A vitória da Lapinha representou o triunfo de todas as comunidades que, com dedicação e amor, colocaram a fé em cada receita. O Festival “É de Comer Rezando” não apenas exaltou o paladar, mas também reafirmou a importância da culinária como expressão de identidade e espiritualidade mineira.

Entre uma oração e uma colherada de ora-pro-nóbis, ficou claro que a verdadeira essência do festival vai além da competição: está na partilha, na fé e na união que aquecem o coração — e alimentam a alma de quem acredita que cozinhar também é uma forma de rezar.

 

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