Novo aeroporto de Betim mira cargas premium e cresce como concorrente de Confins

O novo Aeroporto de Betim, também chamado de Aeródromo Inhotim, deve se tornar um polo logístico estratégico na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), com previsão de inauguração em 2027. Localizado próximo ao entroncamento da saída para São Paulo, o terminal busca atrair empresas de transporte de cargas de alto valor agregado, como medicamentos, vacinas e produtos tecnológicos, consolidando-se como alternativa ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.

Segundo Vagner Costa, diretor comercial da VNC Realty, próxima aos idealizadores do projeto, o aeroporto permitirá voos de carga e também receberá executivos de diversas regiões do país. A logística favorável, com acesso rápido à capital mineira e ao Triângulo Mineiro, deve simplificar a distribuição de produtos, com desembarque direto, desembaraço alfandegário e transporte rápido para galpões e centros logísticos próximos, como o Betim Trade Center, a apenas 1 quilômetro do terminal.

A infraestrutura planejada inclui uma pista de 3 quilômetros, capaz de receber qualquer tipo de aeronave de carga, com futura ampliação para 4 quilômetros, voltada a otimizar operações internacionais e reduzir custos com combustível. O aeroporto também prevê a instalação de hangares e um centro integrado de manutenção de aeronaves, modelo semelhante ao de Confins, atraindo empresas especializadas e ampliando oportunidades de trabalho qualificado na região.

O projeto é considerado um potencial divisor de águas para Betim, que já passou por ciclos de desenvolvimento com a instalação da Fiat, hoje Stellantis, e busca agora diversificar sua economia. A secretária de desenvolvimento econômico, Marcela Lorhana Abrantes Pinto, destaca que o aeródromo deve gerar empregos, promover qualificação da mão de obra e estimular a instalação de novas empresas na cidade, atualmente a quarta maior economia de Minas Gerais.

Além do transporte de cargas, a cidade projeta atender ao segmento de voos executivos, que hoje enfrenta limitações em Confins e altos custos na Pampulha. A expectativa é que o aeroporto de Betim se consolide como um polo de logística e serviços associados, contribuindo para a expansão urbana e fortalecendo a posição do município no setor aeronáutico e de transporte de cargas.